segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Ninguém esperava que uma equipa que vem de uma derrota que deixou marcas profundas, passados apenas 4 dias apresentasse um futebol de sonho. Isso não existe. E portanto, o fundamental foi conseguido, os três pontos conquistados, num jogo atípico, disputado em condições muito difíceis, frente a um adversário muito complicado e que em casa não facilita. Dito isto, é notório que neste momento a equipa do F.C.Porto é uma equipa intranquila, sem confiança, com treinador contestado e jogadores psicologicamente afectados. As coisas tanto saem bem como logo a seguir se borra pintura de forma grosseira. Há jogadores para quem a bola queima, falham mesmo nas situações mais simples. Tudo isso ficou à vista ontem, voltou a acontecer hoje, com Aboubakar a ser o paradigma. Nos 17 minutos que faltavam, durante 10, o F.C.Porto apenas se preocupou em defender, nunca foi capaz de sair, viu o Nacional a atacar e a criar perigo e num lance poder reclamar penalty. No tempo restante, conseguimos chegar à frente duas vezes, mas não fizemos um remate: numa Herrera, com tudo para centrar bem, centrou mal; noutra o ponta-de-lança camaronês, isola-se desde o meio-campo, mas já perto da área adiantou a bola para as mãos do guarda-redes. E nada mais a registar, num jogo que não deixa saudades.
Temos já um jogo na quarta-feira em Santa Maria da Feira, para a Taça de Portugal e frente ao Feirense, que temos obrigação de ganhar; no próximo domingo, outro, frente à Académica no Dragão, onde também só se espera a conquista dos três pontos. Depois vem a pausa natalícia e logo de seguida, Marítimo, em casa, para a Taça da Liga e a viagem a Alvalade. Espero que depois da visita ao actual líder do campeonato se faça claridade no fundo do túnel para os adeptos do F.C.Porto, posamos dizer, ano novo, vida nova.

Já sabemos como é, quando somos prejudicados, não se passa nada, quando acontece o contrário, cai o Carmo e a Trindade. Portanto, o que já se disse ontem, hoje e vai dizer-se nos próximos dias, não é novidade. Há muitos anos que é assim, deixo um exemplo de um jogo em que fomos escandalosamente prejudicados e o título do panfleto da queimada, era: "Galo amigo da águia", nenhum destaque à vergonhosa arbitragem de Bruno Paixão que teve clara influência no resultado. Este jornalismo rasteiro, faccioso, tendencioso, cheio de vendilhões de prata e guerras, pinhas e pinhões, bonzinhos e boizinhos, gordos, muito gordos e delgados, ratos de esgoto e chouriços, tem barbas, o que mudou não foram eles, fomos nós. Esta gente que nos trata como sempre tratou, mal e muito mal, agora é convidada para a nossa casa, até para seu próprio espanto, como confessou, com uma frontalidade que se regista, por exemplo, o Pastel de Belém, Vítor Serpa, num editorial no panfleto da queimada.
Calhou-nos o Borussia Dortmund nos 16 avos-de-final da Liga Europa. É o adversário mais complicado que nos podia ter saído em sorte, vai ser uma eliminatória muito difícil, mas sendo eu um fá do Dortmund e dos seus adeptos, não lamento a falta de sorte. Pode ser que nessa altura já haja um Porto bem diferente...