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domingo, 24 de janeiro de 2016


Na estreia de José Peseiro, o F.C.Porto, pressionado pelas vitórias de Benfica e Sporting e por isso, sem qualquer margem de erro, tinha pela frente um obstáculo difícil, um Marítimo que nos últimos tempos tem dado água pela barba ao Dragão. E hoje voltou a dar. Foi uma partida com um vencedor justo, mas foi um jogo muito complicado, muito disputado, com o resultado em aberto até ao fim. Culpa do Porto, obviamente, mas também porque este trio de arbitragem, confunde, perturba, prejudicou os Dragões e o espectáculo.

Ninguém esperaria que o novo técnico dos azuis e brancos tivesse uma varinha mágica e que num golpe de magia conseguisse, de repente, transformar uma equipa intranquila, sem confiança, desconfiada do seu valor e com um modelo sistematizado na posse, numa equipa serena, confiante, com um jogo fluído, mais rápida a sair e mais objectiva a atacar. Temos problemas que persistem e que vão, de certeza, merecer a atenção do novo técnico. Um exemplo flagrante, continuamos com muitas dificuldades na primeira zona de construção, onde Danilo demora muito a pensar e a executar, os centrais quando arriscam e não arriscam muito, erram quase sempre o passe, mesmo quando a bola é colocada entre linhas, os jogadores que a recebem ainda hesitam muito se devem ir para a frente ou jogar pelo seguro, para o lado ou para trás. Com essas dificuldades em se soltar, fica mais fácil a tarefa de quem defende, basta manter um mínimo de organização, fechar os espaços e depois, tentar aproveitar os erros da equipa portista para sair para o contra-ataque.

Foi isso que aconteceu durante quase metade dos 45 minutos iniciais. A equipa de José Peseiro só começou a estabilizar perto dos 20 minutos, melhorou a partir do golo de André André, obtido a meias com Salin, apesar do susto na cabeçada de Dyego Sousa à barra, até ao intervalo houve mais Porto. Sem ser dominador, nem muito superior, o F.C.Porto foi melhor, conseguiu algumas boas jogadas, só alguns lances cortados indevidamente pelo auxiliar, um penalty por assinalar? e Corona a desperdiçar um golo cantado, impediram o ampliar do marcador. E quão importante seria uma vantagem mais ampla para que a equipa assentasse, pudesse desenvolver um futebol de melhor qualidade e mais de acordo com o seu valor.

Não entrou o segundo e com o resultado a manter-se, o Marítimo arriscou mais, o jogo partiu-se, tornou-se conflituoso, o F.C.Porto era uma equipa pouco esclarecida, insegura, nem mesmo com as trocas de Herrera por Rúben Neves, mais tarde de Suk para o lugar de Aboubakar e Varela para o de André André, conseguiu acalmar, controlar, tirar partido da subida do Marítimo para fazer o segundo golo. Assim, a bola andou perto das duas áreas, maior perigo junto à baliza dos madeirenses, mas Casillas nunca foi um guarda-redes tranquilo. E foi com um certo alívio que os portistas que foram hoje ao Dragão e foram 32.120, receberam o apito final do árbitro.

Tudo somado, a vitória ficou em casa, o F.C.Porto mereceu os três pontos, mas não fez, longe disso, um bom jogo. Nesta altura e atendendo às circunstâncias, é preciso ir ganhando, mesmo que isso obrigue a sofrer.

Notas finais:
Mesmo na nossa casa, os jogadores adversários pressionam o árbitro, os árbitros, como se viu hoje, na dúvida, sempre contra o F.C.Porto. Falta alguém lá dentro que mostre o emblema, exija respeito. Falta alguém responda também aos jogadores das equipas que nos visitam e lhes diga que ali é  casa do Dragão e na casa do Dragão, mandam os que lá estão. Chega de sermos passarinhos e bons moços!

Mesmo que alguns lances nos tirassem do sério - Herrera, hoje na fase 8, levou a bandeira -, o público esteve nervoso, mas procurou sempre mais apoiar e ajudar que perturbar.

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