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quinta-feira, 17 de março de 2016


Depois de uma primeira fase exemplar, 22 jogos e 22 vitórias, um pleno histórico; de uma entrada nos quartos-de-final dos play-off totalmente vitoriosa, 2 jogos e 2 vitórias; ontem, no Dragão Caixa e no primeiro jogo das meias-finais, à melhor de cinco, o F.C.Porto perdeu frente ao Benfica por 31-32. Foi um jogo muito equilibrado, só decidido no prolongamento e nos pormenores, caiu para a o lado do clube do regime, como podia ter caído para o lado dos Dragões, que não estiveram tão bem como é costume. É natural, a equipa de Ricardo Costa é a principal vítima de uma calendarização absurda - basta ver que para fazer três jogos com o Benfica, é preciso um mês - e quando não há regularidade competitiva, para além da parte física, perde-se ritmo, concentração e até o colectivismo se ressente. Pode sempre dizer-se que já conhecíamos o modelo competitivo, não nos podemos queixar. OK, mas não nos impede de dizer que é um modelo injusto, que não premeia devidamente a regularidade, uma equipa que deu provas de ser claramente superior, como foi o caso do F.C.Porto, pode ser fortemente penalizada se tiver apenas dois ou três jogos maus. Atenção, não estou  a arranjar desculpas. Nada disso... Porque ao mesmo tempo que deixo uma palavra de conforto, apoio e estímulo na hora da primeira derrota, também deixo certeza: este treinador e esta equipa merecem todo o crédito e confiança, podem não ganhar, mas vão fazer tudo para ganhar. E como já demonstraram e muitas vezes, capacidade para ultrapassar mesmo as situações mais complicadas... Vamos a eles, Ricardo Costa!

O modelo de posse, posse, posse, funciona ou não?
Ao ver o Bayern - Juventus, a forma como os alemães trocavam a bola cá atrás e tinham muitas dificuldades para sair da primeira zona de construção, muito por causa da pressão alta dos italianos; raramente encontravam soluções para chegar à frente com perigo; sofreram dois golos e podiam ter sofrido mais; a cara feia de Guardiola quando Manuel Neuer deu um pontapé para a frente e não obedeceu às regras de começar a construir desde a defesa; lembrei-me do F.C.Porto de Julen Lopetegui, em variadíssimos jogos. Salvaguardando as devidas  proporções, parecia um filme muitas vezes visto pelos portistas, naqueles jogos entre o F.C.Porto frente às equipas médias e até mais fracas do campeonato. Quando estava a ser assim com o Bayern de Guardiola, até cheguei a pensar que o modelo, afinal, estava esgotado. Só que depois a Juve recuou, deixou de pressionar, cometeu erros - o de Evra é inadmissível num jogador da sua experiência e qualidade. A saída de Morata para a entrada de Mandžukić não resultou -, o Bayern, a jogar sempre da mesma maneira, empatou e no prolongamento decidiu. O modelo de posse, posse, posse, acabou a vencer, afinal, ao contrário do que cheguei a pensar, não só  não está morto, como até é candidato a vencer a Champions League.

Notas finais:
Espero que Juan Quintero encontre rapidamente o seu caminho. Para isso é fundamental perceber que nos dias de hoje ter só talento não chega... Jogadores que só jogam com bola no pé e que estão dispensados de fazer mais qualquer coisa pela equipa, são aqueles que decidem, não uma ou outra vez, mas muitas vezes.

Claro que tantos elogios e tanta badalação a Fernando Gomes, presidente da FPF, não tem nada ver com o facto do Benfica estar a dar-se bem e a ganhar. É apenas coincidência. Se algumas poucas vergonhas que têm favorecido o Benfica, se passassem, por exemplo, com o F.C.Porto... coitado do Fernando Gomes!

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