quarta-feira, 25 de maio de 2016
O F.C.Porto teve ontem o último compromisso da época, um particular em Oliveira do Douro - vitória dos Dragões por 2-1. Portanto, só a partir de hoje se esperam decisões, como disse no post anterior, importante e prioritária, a questão do treinador. Um treinador com o perfil certo, não resolve todos os problemas, mas, como sabemos pelo exemplo de José Mourinho ou de André Villas-Boas, minimiza-os, até pode transformar aquilo que agora é negro, num amanhã radioso - acho surreal haver gente que após a final da Taça de Portugal queria que fosse logo tudo colocado em pratos limpos. Seria uma grande falta de respeito, em particular para com José Peseiro, um treinador que não atingiu os objectivos pretendidos, mas é e foi no F.C.Porto, um profissional sério e digno. Mais, seria brilhante e genial, daria uma imagem fantástica do que é o F.C.Porto, se mal terminasse o jogo do Jamor fosse anunciada a lista de dispensas, dispensado o treinador, apresentado o novo Mister...
Já basta o que basta, o F.C.Porto, em matéria de treinadores, mas não só, estar a regressar a um passado de má memória
Mas se a questão do treinador é fundamental, há outras que questões também urgem resolver. Não podemos arrancar para uma nova e importantíssima época, permitindo que continuem a circular, quase diariamente, notícias que lançam a confusão e criam instabilidade que só aproveita aos nossos rivais e inimigos. Não podemos permitir, definitivamente, ficando mudos e quedos, que constantemente passem notícias que há divisões, facções, uns querem este e outros aquele, cada um defende os seus interesses, nenhum está preocupado com o F.C.Porto.
Também não podemos permitir, pelo silêncio, que passe para os portistas e não só, que os seus dirigentes perderam a noção da realidade, interiorizaram que ou Jorge Jesus ou o caos e assim, estavam dispostos a cometer loucuras para contratar o treinador do Sporting. Com ou sem Doyen e MEO, como se pinta por aí, seriam sempre loucuras, uma fuga para a frente cujas consequências não sabemos quais seriam.
Se há notícias que nem merecem comentários; outras que podem ser tratadas na Dragões Diário; há outras que têm de ser atacadas e não deixando margem para dúvidas, ao mais alto nível. Por isso, agora que é o momento das decisões, um apelo a Jorge Nuno Pinto da Costa:
- Senhor presidente, isto tem de acabar e é ao senhor que compete tomar decisões para que acabe. O F.C.Porto não pode a dar o flanco, permitir que aquilo que era a sua força, seja visto agora como a sua grande e principal fraqueza. Ou resolvemos tudo que temos de resolver e atalhamos caminho... não, nem preciso de terminar a frase, o senhor sabe muito bem o que pode acontecer. Teve uma pequena amostra na última Assembleia Geral do F.C.Porto, clube.
Continua o benfiquismo bafiento e salazarento.
Entrevista de Rui Vitória no Telejornal da RTP. Uau!, nunca se tinha visto nada semelhante. Mas clube do regime tem privilégios que mais ninguém tem.
O F.C.Porto, só neste Século, teve quatro treinadores, portugueses, que foram campeões: José Mourinho que ganhou dois campeonatos e mais uns trocos, como Supertaça, Taça de Portugal, Taça UEFA e Champions League; Jesualdo Ferreira que foi tricampeão e também ganhou mais uns trocos, Taça de Portugal e Supertaça; André Villas-Boas igualmente, campeonato e os respectivos trocos, Supertaça, Taça de Portugal e Liga Europa; e para finalizar, Vítor Pereira, bicampeão nacional. Apesar de todos eles terem conseguido esses feitos, nenhum teve direito a uma entrevista a passar no Telejornal da RTP, serviço PÚBLICO de televisão, como aconteceu ontem com Rui Vitória. Não sei se houve porrada entre Huguinho Gilberto e Carlos Daniel, o benfiquista de Paredes, sobre quem devia entrevistar o treinador do Benfica, mas sei que o nacional benfiquismo bafiento e salazarento, a cultura do clube do regime está de tal maneira enraizada que não sei como vamos combater isto. Talvez, citando uma expressão ontem deixada no Dragão até à morte, por alguém que se identificou como JPC, acabando com o PORTISMO FLÁCIDO, isto é e cito: "O portista moderno, com fair-play, que quando é roubado diz coisas politicamente correctas e quando falha diz que fez o seu melhor e que estamos de parabéns. Que assobia monumentalmente a equipa na jornada em que finalmente chega ao primeiro lugar mas aplaude-a quando perde como no domingo. Um portista que emprenha pelos ouvidos e é tão bom e excepcional na sua actividade profissional e vida que não percebeu que tudo o que o FCP conseguiu, conseguiu-o com suor, lágrimas e ódio, muito ódio aos inimigos."
Cá por mim, portista não flácido, para os inimigos, aqueles que amanhã dirão de nós aquilo que Maomé não disse do toucinho, diplomacia, cavalheirismo, fair-play? Nem pensar!
Alô, alô, é da CMVM?
Um jogador do Benfica, Nico Gaitán, disse que lhe tinha sido comunicado que a final da Taça da Liga era o seu último jogo pelo clube da Luz; comunicou a saída aos colegas; a comunicação social disse que o homem que chegou como Gaitán e sai como Nico, ia para o Atletico de Madrid e por 25 milhões de euros. Dando de barato os outros negócios, talvez mais panamianos que chineses, de muitos milhões, pergunto:
Não devia a entidade reguladora pedir explicações, quando se tratam de valores altíssimos e que podem influenciar a cotação na Bolsa? Será que as mirabolantes, mas sem conteúdo, Opas chinesas e Berardos, que fizeram entrar muita pasta na mão de alguns, não serviram de exemplo?