A recta final dos mercados, o "pedagogo", o director entre aspas e o corporativismo vergonhoso do Luciano
terça-feira, 30 de agosto de 2016
A pouco mais de 24 horas do fecho dos principais mercados de transferências, com vários dossiers em aberto para entradas e saídas e com o F.C.Porto sem ter feito ainda um grande negócio - tirando Maicon, foram só empréstimos - estou entre o ansioso e preocupado. Há muitas notícias a circular, algumas contraditórias, aguardemos o que vai acontecer amanhã e depois falamos. Mas vai ser um 31 de Agosto tenso, frenético e a durar até ao fim do prazo limite.
Duarte Gomes, o pedagogo, que não gostou que lhe tivesse dito que era uma porcaria como árbitro e é uma porcaria como comentador e me bloqueou no facebook, hoje no panfleto da queimada e ao contrário de ontem, já fala em erros de Tiago Martins... mas diz que não foram maiores que muitos outros intervenientes naquela partida. Que os adeptos têm tolerância para os jovens jogadores, mas não têm para os jovens árbitros, etc., a velha cassete que eles usam sempre nestas circunstâncias. Ora, primeiro, os adeptos também cobram e cobram muito a dirigentes, técnicos e jogadores, porque não deviam cobrar a árbitros profissionais? Segundo, ninguém disse que o internacional de aviário - então um tipo que arbitra meia dúzia de jogos na primeira Liga, nunca arbitrou um clássico, chega a internacional, é o quê? -, era corrupto, colocou-se em causa os seus critérios técnicos e disciplinares, não com conversa de perdedores, mas com factos concretos e até com vários exemplos significativos acerca da diferença de critérios usados pela figurinha que esteve domingo em Alvalade. Mas, curiosamente, os adeptos se por um lado reconheceram a influência do árbitro, não deixaram de apontar defeitos e culpas próprias à sua equipa, treinador incluído, já o líder da APAF, Luciano Gonçalves, incapaz de ver erros notórios, numa atitude de corporativismo vergonhoso, disse que o árbitro fez uma grande arbitragem, o sector deve estar orgulhoso do seu desempenho. Isto, sim, é corporativismo fanático, merece críticas veementes e é preocupante. Não se defende os árbitros nem o futebol, dizendo que foi branco aquilo que foi claramente preto.
Duarte Gomes termina com uma citação de Clarice Lispector:
«Antes de julgar o meu carácter, calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri(...)»
Como só conheço o Duarte Gomes de arbitrar jogos, não julgo o seu caráter, mas julgo o (ex-)árbitro e esse... Meu Deus, tomou decisões que ficaram para os anais do futebol português e pelos piores motivos.
Se de Duarte Gomes estamos conversados, ver um director, mesmo que entre aspas, de um jornal que explora até à náusea os erros dos árbitros - claro que com um critério miserável, como as fotos mostram: F.C.Porto beneficiado, até tu, Pedro?, Porto prejudicado, nada, como nada quando o Benfica é beneficiado, mas ai de quem prejudique o clube da Luz... -, criticar a postura do F.C.Porto, é o cúmulo da desfaçatez.
- Porque não fizeste esse editorial a semana passada, quando o clube do regime se queixou, ó Serpa?
Notas finais:
Quando o Conselho de Arbitragem nomeia Tiago Martins para o Nacional-Chaves do dia 4 de Setembro, depois daquela arbitragem em Alvalade, está tudo dito sobre as pessoas que estão à frente dos destinos da arbitragem. Só mudaram as moscas...
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