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terça-feira, 27 de setembro de 2016


Com um historial pouco recomendável em jogos oficiais disputados em Inglaterra, frente a equipas inglesas - nem uma única vitória e apenas dois empates em 17 jogos -, o F.C.Porto tinha hoje no King Power Stadium, casa do Leicester, mais uma oportunidade para fazer história. Não fez e nem sequer conseguiu empatar, resultado que justificou pelo que jogou nos últimos 20 minutos. E se não ganhou e nem sequer empatou, é porque a este nível fica muito difícil obter resultados positivos quando não se tem ataque. E a este propósito, permitam-me um pergunta: André Silva tem de jogar sempre os 90 minutos, mesmo quando está claramente desgastado e não está a dar uma para a caixa? Se Depoitre, que, note-se, foi indicado pelo treinador, nem nestes jogos em que o seu concorrente directo está muito mal, joga, vai jogar quando?

Entrando de início com a mesma equipa que começara o jogo frente ao Boavista - Casillas, Layún, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Óliver, André André e Otávio, Adrián López e André Silva -, o F.C.Porto até começou bem e logo aos 2 minutos, André Silva, lançado por Otávio, fez um chapéu a Schmeichel com a bola a sair perto da baliza. A entrada prometedora não passou de uma ilusão que durou pouco,  rapidamente os ingleses, mais rápidos, mais intensos com bola e sobre a bola - o único jogador do F.C.Porto que os igualava era Danilo - de processos pouco elaborados, apenas procurando meter bolas na profundidade de Vardy e Slimani, ficaram melhor no jogo e chegaram à vantagem iam decorridos 25 minutos. Foi uma jogada simples, como é simples o futebol do Leicester: cruzamente de Mahrez, Felipe mal posicionado, a marcar por trás e Slimani de cabeça a antecipar-se e a  inaugurar o marcador. Se o campeão inglês não tinha feito muito para marcar e com excepção dos lances de bola parada, não tinha jogadas de perigo, foi sempre mais pragmático e objectivo que a equipa de Nuno Espírito Santo. A perder a reacção portista praticamente não existiu - apenas Layún e de livre, ameaçou, já o relógio marcava 35 minutos de jogo - e assim, chegou-se ao intervalo com o conjunto de Claudio Ranieri em vantagem, resultado que se aceitava.

Para a segunda-parte, Nuno manteve a mesma equipa e a etapa complementar começou como tinha acabado a primeira, mais Leicester, pouco Porto. Depois de muito conferenciar com os adjuntos, finalmente o treinador dos Dragões decidiu-se, saíram André André e Adrián López - deviam ter saído ao intervalo -, entraram Herrera e Diogo Jota, e, primeiro timidamente, mas a partir do minuto 70 de forma bem mais acentuada, o F.C.Porto melhorou bastante. Passou a ter bola, trocou-a com a propósito, tomou conta do jogo, conseguiu algumas boas jogadas de envolvência e no quarto-de-hora final, já com Corona no lugar de Óliver, encostou os ingleses lá atrás, podia e merecia ter conseguido, pelo menos, um golo - aquele grande remate de Tecatito ao poste, faltavam 7 minutos para o fim, merecia melhor sorte. Pelas razões que apontei, não conseguiu, sai com mais uma derrota de Inglaterra, esta com claro sabor amargo e a injustiça.

Nota final:
Fica a nítida sensação que somos melhores; fica a nítida sensação que com mais qualidade na frente tínhamos ganho.
Dois jogos, um ponto, a vida está difícil para o Dragão, muito por culpas próprias.

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