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domingo, 6 de novembro de 2016


O futebol é injusto, às vezes tremendamente injusto. Foi o que aconteceu na noite de hoje. Um F.C.Porto superior, merecia ter ganho e não apenas pela diferença mínima, frente a um Benfica que jogou no Dragão como jogam as equipas da parte de baixo da classificação. Enquanto esteve empatado raramente saiu para o ataque, defendeu com dois laterais, procurou queimar todo o tempo possível e a perder, naturalmente, reagiu, mas apenas obrigou Casillas a uma defesa difícil. Saiu-lhe a sorte grande, empatou com a ajuda de um grandíssimo disparate de Herrera. E assim, por erros nossos, má fortuna e ajudas alheias, o clube do regime lidera confortavelmente o campeonato/Liga NOS. Mas este Benfica que se exibiu esta noite num Dragão repleto de um público vibrante, apaixonado, se é só isto... então é muito pouco! Mesmo a cinco pontos, mesmo sofrendo um duro e muito injusto golpe, é preciso continuar a acreditar. Na sua primeira prova de fogo no campeonato, a águia de Vitória só não foi comida de cebolada porque os deuses estiveram do seu lado.

Com Maxi - grande jogo! - no lugar de Layún e Corona - tirar um jogador no minuto imediatamente a seguir a ele ter feito uma grande jogada e conquistar um livre perigoso, não me pareceu uma boa decisão de NES, mas isto são prognósticos no final do jogo - no de Herrera, os outros foram Casillas, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Óliver e Otávio, Diogo Jota e André Silva - todos estiveram a um nível alto -, o F.C.Porto fez uma excelente primeira-parte, não marcou, mas teve três ou quatro boas oportunidades, merecia ter chegado ao intervalo em vantagem. Dinâmico, concentrado, pressionante, bem a sair para o ataque e atacando ora pela direita ora pela esquerda e rápido a chegar à zona de finalização, o conjunto, hoje com o tradicional azul e branco, reduziu o Benfica a muito pouco, mostrou as fraquezas de um líder pequenino, pena não ter tido aquela pontinha de sorte que fez por merecer.

A segunda-parte começou como tinha sido quase toda a primeira: Porto melhor, por cima, única equipa a querer chegar à vantagem, Benfica apenas preocupado em segurar o nulo. Com o golo de Diogo Jota, iam decorridos 5 minutos, finalmente um pouco de justiça, Dragões na frente do marcador. A perder, o clube do regime reagiu, teve mais posse, mas tirando um remate de Samaris que Casillas defendeu bem, pouco mais fez. O F.C.Porto mesmo perdendo alguma qualidade, mesmo recuando mais do que devia, mesmo faltando critério para aproveitar o adiantamento do Benfica e o espaço que foi dando, foi mais perigoso, não foi justa a penalização que sofreu, por tudo e principalmente porque o golo do empate não foi conquistado, foi oferecido.

Termino como comecei:
Se o que não nos mata nos torna mais fortes; se for capaz de olhar para o que foi o jogo e a sua superioridade e não apenas para o resultado, para ganhar confiança e se motivar; não continuar a perder pontos em jogos em que tem de ganhar; o F.C.Porto tem legitimidade para continuar a acreditar que ainda não está encontrado o final para o filme deste campeonato/Liga NOS.
É esta a mensagem, uma mensagem de esperança que quero deixar num dia que testei como nunca a resistência das cadeiras do Dragão.

Nota final:
Herrera entrou a 3 minutos do fim para tentar segurar a bola, queimar tempo, ajudar a manter a vantagem. Teve uma decisão absurda, em vez de ficar com a bola, obrigar o jogador que o pressionava a fazer falta, quis ganhar um lançamento de linha lateral ou pontapé de baliza, tentou chutar contra ele, não lhe acertou ofereceu o canto, azar dos azares, do canto resultou o golo. Haja pachorra!  


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