quinta-feira, 17 de novembro de 2016
É já amanhã, em Chaves, frente ao Desportivo local e em jogo a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal, que o F.C.Porto inicia um ciclo de jogos muito importantes e que podem ser decisivos. E para ultrapassar o primeiro obstáculo e vencer um adversário bem orientado, aguerrido e que sabe jogar, é preciso que para lá do Marão não mandem os que lá estão, mande um Porto forte, determinado e a jogar ao seu melhor nível. Por razões suficientemente conhecidas, não foi possível a Nuno Espírito Santo preparar este jogo nas melhores condições, só hoje o treinador do F.C.Porto vai ter todos os jogadores ao seu dispor. São factores que pesam, mas que podem ser ultrapassados, se necessário, apelando ao espírito de sacrifício de um ou outro jogador mais desgastado. Porque se queremos e queremos muito voltar a conquistar troféus, só o conseguiremos se aos nossos melhores atributos, juntarmos aquele espírito do Dragão que nos distingue.
Na época passada perdemos a final da Taça de Portugal em condições que deixaram marcas. Nesta queremos voltar novamente ao Jamor, mas desta vez para trazer o caneco.
Jorge Costa dá uma entrevista ao Jogo. Com a ajuda sempre preciosa do blog da Ana Ferreira, podem ler toda a entrevista aqui.
Concordo com o Jorge Costa. Mais que andar sempre a falar do passado, melhor dizendo das virtudes do passado - também havia defeitos e muitos...-, importa olhar para o presente, perspectivar o futuro. Troquemos a palavra mística por profissionalismo, façamos ver a todos os que servem o F.C.Porto que não lhes pedimos demasiado, apenas que sejam profissionais na verdadeira acepção da palavra, honrem em todas as circunstância o brasão abençoado. E nós, adeptos, porque quem vive do passado é Museu, ajudemos construtivamente o F.C.Porto a voltar aos tempos de sucesso. Como? Apoiando, não ficando à espera do que o nosso clube pode fazer por nós, mas fazendo nós alguma coisa pelo nosso clube. E quando houver motivos para críticas, critiquemos, mas com objectividade, apontando erros e caminhos, não fazendo apenas uso da má-língua ou dizendo mal de tudo e de todos.
O F.C.Porto, que está acima de tudo e de todos, vale a pena. Não podemos permitir que o passado bafiento conte com a nossa ajuda para se impor. A luta já é demasiado desigual para que não puxemos todos para o mesmo lado.
Vieiradas e Chouriçadas
Luís Filipe Viera foi suspenso por 60 dias e tem de pagar uma multa de 3.445 euros. Já sabíamos, mas agora é oficial e está confirmado que o grande estadista, desportista e homem de paz, sempre preocupado com a marca e a indústria do futebol, só porque empatou um jogo e se sentiu prejudicado, disparou logo contra árbitros e dirigentes da arbitragem - um dos atacados foi João Ferreira, o ex-árbitro e agora dirigente da arbitragem, o que é uma grande injustiça e revela grande falta de memória de Vieira. Para além do caso do túnel da Luz e que teve como consequência os castigos a Hulk e Sapunaru (foi João Ferreira que comunicou a Lucílio, árbitro desse malfadado jogo, as infracções dos dois jogadores do F.C.Porto), era muito bem visto pelo presidente do Benfica. Ver mais abaixo (*). Curioso, parece que alguém disse: "isto é um escândalo, é um autêntico roubo, se querem guerra vão tê-la". Só que não ficou provado que tenha sido Vieira, foi alguém que estava próximo do presidente do Benfica, mas não foi possível identificar...
Portanto, para aqueles que ainda acreditam no Pai Natal, na bondade de Vieira, eis aqui a prova do que é o verdadeiro Luís Filipe Vieira. Eu como não acredito no Pai Natal, nem me deixo comover facilmente, para mim não é surpresa. E por isso repito o que tenho andado a dizer desde há muito tempo:
Vieira, se as coisas lhe correrem mal, fará agora, aquilo que sempre fez no passado, guerra contra tudo e contra todos, até contra o futebol que diz defender.
(*) - Vieira em conversa com o Major:
«Luís Filipe Vieira (LFV) - Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito...(...)
Valentim Loureiro (VL) - Eu penso que ou o Lucílio... o António Costa, esse Costa não lhe dá... não lhe dá nenhuma garantia?
LFV - A mim?! F.., o António Costa? F... Isso é tudo Porto!
VL - Exacto, pronto! (...) E o Lucílio?
LFV - Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
VL - E o Duarte?
LFV - Nada, zero! Ninguém me dá!... Ouça lá, eu, neste momento, é
tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado
evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.(...)
VL - Talvez o Lucílio, pá!
LFV - Não, não quero Lucílio nenhum!(...)
VL - E o Proença?
LFV - O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos f...!
VL - E o João Ferreira?
LFV - O João... Pode vir o João. Agora o que eu queria... (...)
Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro... O Paulo Paraty! Agora,
dizem-me a mim, que não tenho preferência de ninguém (...) à última
hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty, por causa do
Belenenses.»