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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


Mais de 41 mil espectadores num jogo da Taça da Liga e frente a um adversário que não era dos mais apelativos, diz muito sobre a forma como os portistas têm visto e gostado, das prestações da sua equipa nos últimos tempos. Se as exibições nem sempre foram equilibradas no brilhantismo, a atitude e o carácter foram predicados que estiveram sempre presentes. Como se viu, por exemplo, no jogo com o Desportivo de Chaves, o F.C.Porto foi capaz até de ir buscar a vitória ao inferno, lutar contra tudo e contra todos, para conseguir conquistar os três pontos. Lamentavelmente, na noite de hoje, a equipa de Nuno Espírito Santo, principalmente na etapa complementar, não soube ser digna desse carinho. Hoje voltou o Porto dos piores jogos, a segunda-parte foi intragável, para além de falta de qualidade de jogo, faltou também atitude e vontade. E assim, os Dragões perderam a possibilidade de somar mais uma vitória, a sexta consecutiva, com tudo que isso significa em confiança e tranquilidade da equipa, motivação e mobilização dos adeptos. Não pode ser, o F.C.Porto não se pode permitir a dar barracas destas, deitando um balde água fria num entusiasmo que vinha em crescendo.

Da primeira-parte, claramente o melhor período do F.C.Porto, pode dizer que foi muita parra e nenhuma uva, ficou um claro sabor a injustiça. Foram 45 minutos de domínio do F.C.Porto, uma exibição positiva, algumas boas oportunidades, a melhor das quais logo aos 5 minutos num belo remate de Brahimi à barra,   mas sem que essa boa prestação e essa superioridade fossem materializadas num único golo. Frente a uma equipa que colocou todos os jogadores atrás da linha da bola e praticamente só defendeu, o conjunto de NES tentou, mas faltou mais rapidez no último terço para encontrar espaços, mais contundência e mais assertividade na hora de decidir. E assim, apesar de ter feito mais do que o suficiente para para chegar à vantagem, o intervalo chegou com um nulo penalizador para a equipa dos Dragões.

Mantendo a mesma equipa, a segunda-parte não podia começar melhor, ainda não iam decorridos 5 minutos e já o F.C.Porto estava em vantagem, marcou Marcano a passe de Herrera. Conseguido o mais difícil, quando se esperava que os azuis e brancos embalassem para uma vitória natural, a equipa achou que já tinha feito a sua obrigação, relaxou, perdeu concentração, começou a complicar, deixou de jogar, perante a passividade do banco que não fez nada para contrariar essa tendência. Nuno assistia impávido e sereno, não fez nada, permitiu que o Feirense subisse linhas, crescesse no jogo, acreditasse, ameaçasse, chegasse ao empate. Só então o treinador do F.C.Porto acordou, mexeu, mas mexeu mal. Manteve em campo um desastrado Corona que só fez asneiras, tirou Herrera e J.C.Teixeira, para meter Oliver e Rui Pedro. Já era tarde, já não havia ponta de inspiração, as substituições não resultaram, nunca os Dragões estiveram próximo de desfazer a igualdade e até foi José Sá o guarda-redes obrigado e mais e melhor trabalho.

E pronto, depois do nulo frente ao Belenenses, mais um empate, mais uma vez F.C.Porto com a situação complicada na Taça da Liga. Pior, quando se pensava que agora é que era para valer, a equipa de NES só podia melhorar, voltaram as dúvidas e as incertezas. 

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