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terça-feira, 16 de maio de 2017


Talvez porque não preciso de fazer um grande exercício de memória para me lembrar que ganhávamos mesmo contra os árbitros, nunca resumi tudo aos árbitros - antes de ter o blog, desde que o tenho, quem aqui vem se tiver dúvidas pode ir aos arquivos... - e o mesmo aconteceu esta época, apesar das poucas vergonhas semanais que foram acontecendo e de que aqui fui dando conta - uma ou outra excepção, só confirma a regra. Sendo assim, tenho toda a legitimidade para achar algumas análises, em particular no panfleto da queimada, hoje tratado por A Bosta e com origem em alguns palhaços, com o palhaço-mor a ser Vítor Serpa, próprias de seres rastejantes, portanto, vermes. Os mesmos que no passado colocavam reticências a todos os títulos do F.C.Porto, mesmo quando os Dragões eram a melhor equipa da Europa e tinha o melhor treinador do Mundo; os que destacavam em manchete que o título do F.C.Porto era um tributo dos árbitros, os campeonatos estavam viciados e outros mimos semelhantes; os que participaram activamente na miserável campanha que teve como objectivo colocar o F.C.Porto fora da Champions League; agora, ai de quem belisque os méritos do título do clube do regime. Não vou citá-los a todos, dispenso-os do que disseram os quaresmas, guerras ou freteiros, recadeiros, cartilhados, etc., mas cito o que diz agora Serpa, porque é o nome dele que vem por baixo da palavra director: "Não há qualquer razão em questionar, seja quando e como for, um título de campeão. Nenhum. Quem vence um campeonato com 34 jornadas e tem dezassete concorrentes, não pode, nunca, seja quem for, ter em causa o mérito de um título".
Nada disto é novo, mas convém ir lembrando e denunciando, aproveitando a frase que A Bosta colocou em manchete de capa quando o F.C.Porto venceu o campeonato 2011/2012.

No dia 9 de Maio faleceu o jornalista/escritor, Baptista Bastos. Não admira que vários OCS o tenham homenageado com palavras de apreço e consideração. Foi o caso do panfleto de que temos estado a falar. Normal, obviamente nada contra. Mas e tratando-se daquela gente há sempre o mas, a acompanhar a peça sobre BB estava a foto que podem ver ao lado. Pois é, Benfica por todos os lados, quem não conhecesse o jornalista/escritor, até poderia pensar que era benfiquista, quando não era. Isto é propaganda, manipulação, desonestidade. A Bola está para o Benfica como no passado o Diário da Manhã estava para o salazarismo. Cândido de Oliveira, em particular, deve dar voltas no túmulo.

Mas se a Bola leva a bandeira e é o exemplo mais paradigmático, o que se passa actualmente no futebol português, principalmente nos que diz respeito aos Órgãos de Comunicação Social, não se via nem no tempo do Salazar. E nessa altura dava muito jeito extrapolar o futebol e alguns êxitos dos candeeiros.

Hoje, mais um capítulo da série:
A promiscuidade só tem uma cor. É azul e branca, ó palerma! 
Como a foto documenta, António Costa e Mário Centeno voltaram à tribuna da Luz e rodeados de benfiquistas, festejaram o tetra do clube do regime. Não tinham cachecóis ao pescoço porque são alérgicos, não tinham copos na mão porque são abstémios e festejar com água não dá... Ao contrário do que aconteceu no jogo frente ao F.C.Porto, nesta foto não se vê Vieira - não sei se é verdade, mas contaram-me que estava na cabine a dizer que, amanhã ou depois o dinheiro já está na conta. Terá tido o aval do Ministro das Finanças depois deste consultar o 1º Ministro que estava a seu lado?
E para completar o ramalhete, ontem, perante um Fernando Medina a babar benfiquismo e a mostrar que conhece bem a história do Benfica - o que só lhe fica bem. Adepto que se preze que não conheça a história do seu clube não é adepto nem é nada...-, voltou a haver festa, comitiva do clube do regime recebida na Câmara de Lisboa. 
Olho para tudo isto e porque tenho memória; lembro-me do que se dizia neste país quando o F.C.Porto ganhava e o ritual era o mesmo; o que se disse depois quando Rio acabou com as idas à Câmara e Ministros iam ao Dragão - por falar no Rio, tenho um amigo que diz que ele está a começar a ficar para o F.C.Porto como Béla Guttmann já está para o Benfica...; e só posso sentir nojo.

«Parabéns ao Benfica de Vieira? Nem pensar!
Na época 2007/2008 o F.C.Porto derrotou o Estrela da Amadora, no Dragão, por 6-0, conquistou o 23º título a 5 jornadas do fim. O Benfica nesse campeonato, recorde-se, ficou a 23 pontos do campeão.
Época 2011/012 o F.C.Porto conquista o 26º título a 2 jornadas do fim, o Benfica, 2º classificado ficou a 6 pontos do campeão.
No primeiros dos títulos em referência, Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, no jogo que o seu clube empatou no Bessa 0-0 com o Boavista, na mesma jornada em que o F.C.Porto se sagrou campeão, disparou, dizendo que o campeonato estava viciado. Voltou a falar do mesmo em entrevista ao panfleto da queimada - adivinhem a quem? Pois, a esse mesmo, o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado.
No segundo título em referência, já não foi Vieira, foi o director de comunicação do clube do regime, João Gabriel a botar faladura e a exclamar, novamente com direito a capa do panfleto da queimada: "O título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros". Não foram adeptos, não foram colunistas, não foram paineleiros, foram o mais alto responsável do Benfica e o seu responsável pela comunicação. Isto é, não só não tiveram uma palavra de reconhecimento pelo mérito do F.C.Porto, como ainda por cima fizeram declarações vergonhosas, miseráveis, acerca da justiça dos títulos conquistados pelos Dragões. Serve isto par dizer o seguinte: não me venham com essa conversa do desportivismo, para reconhecer o mérito do Benfica, dar os parabéns ao Benfica. Não, a este Benfica de Vieira, Sílvio Cervan, Rui Gomes da Silva e tutty quanti, nem pensar!»

Isto foi o que escrevi num post de 06 de Maio de 2014 a propósito da questão do momento, dar ou não dar os parabéns ao Benfica campeão. Já penso assim há muito tempo, mas a última vez que o tinha dito foi nesse post. Continuo a pensar exactamente o mesmo.
Por essas razões, pela forma que o F.C.Porto é sistematicamente tratado na comunicação oficial do Benfica e porque quando as coisas aqueceram esta época, o F.C.Porto ficou a um ponto e a depender dele próprio para chegar ao título, todos vimos o que aconteceu, tenho a certeza absoluta que se o campeão fosse o F.C.Porto, iríamos assistir a algo de muito feio, pior até do que aconteceu nos anos aqui citados.
É muito bonito ter desportivismo, dar mérito e os parabéns ao campeão, mas a este Benfica de Vieira e afins, nunca. Não era anti-benfiquista, tornei-me, quando eles nunca foram capazes de reconhecer a nossa qualidade, competência e profissionalismo, mesmo quando éramos de longe os melhores, ganhávamos cá dentro, mas também lá fora, ao contrário deles que lá fora não metem a mão ao prato há 55 anos.

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