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terça-feira, 2 de maio de 2017


Numa altura em que está na ordem do dia alterações ao regulamento disciplinar, com o Benfica/clube do regime, muito activo, vamos começar por ser politicamente correctos. Por isso, dizer em primeiro lugar que tudo que seja para melhorar, aperfeiçoar, tornar o futebol português mais recatado, mais jogo jogado que jogo falado, é sempre bem-vindo.
Segundo, este assunto não é novo, já por várias vezes foi aqui abordado e a conclusão, mais coisa menos coisa, acho que não andará longe desta:
A esmagadora maioria dos adeptos do futebol, independentemente das suas paixões clubísticas, quando lhe pedem para apontar um campeonato exemplar na sua organização e na forma como as instituições funcionam, não hesitará em apontar a Premier League. No campeonato inglês há uma repartição dos direitos televisivos e não só, que procura ser equilibrada e justa - há vários clubes com canais de televisão, mas nenhum transmite os seus jogos em casa; há regras de conduta que têm de ser seguidas e quando não são, tanto come o treinador, jogador ou dirigente do Manchester United, como do Sunderland, último classificado; a justiça é célere e cega, nesta matéria também não há grandes e pequenos, muito menos um que goza de impunidade quase total, tem direitos e deveres diferentes, quem decide não usa os regulamentos conforme dá jeito a um, sempre o mesmo; os árbitros erram, às vezes muito, mas não erram sempre para o mesmo lado, nem têm critérios absurdos, tão díspares e tão desproporcionados que causam repulsa ao mais moderado dos adeptos, sendo que também nesta questão dos erros dos árbitros, na Premier League não há um que é filho e os outros que são enteados; depois, como se tudo isto fosse pouco, em Inglaterra não há uma comunicação social facciosa, sectária, prostituída, uma comunicação social que condiciona, coage, pressiona, uma comunicação social que, salvo raríssimas excepções, está ao serviço de um clube e contra todos aqueles que se atrevem a fazer-lhe frente; finalmente, em Inglaterra não há clube do regime, como também não há fidalgos, isto é, comentadores que analisam de camisola de um clube vestida, quando deviam ser isentos e equidistantes.
Portanto, este seria o modelo ideal, todos gostariam que o campeonato/Liga NOS, fosse como a Premier League. Só que não é, nem este país é a Inglaterra. E assim, quando vemos semanalmente e época após época, este fartar vilanagem, critérios nas arbitragens que são vergonhosos, mas sempre ao sabor do interesse de um, contra quem luta com ele pelos mesmos objectivos - as excepções só confirmam a regra; quando vemos decisões com origem nos Orgãos Disciplinares que são de bradar aos céus, interpretando os regulamentos da forma que dá mais jeito ao clube da maioria - exemplos: o malfadado Ricardo Costa castigou Hulk e Sapunaru com vários meses, os jogadores cumpriram 18 e 19 jogos, mas só deviam ter cumprido 3 e 4; quando o Diabo de Gaia invadiu o campo e agrediu o árbitro assistente, os regulamentos permitiam a interdição da Luz ou no mínimo, jogos à porta fechada. Que fez ele? Deu a volta ao texto, arranjou um argumento qualquer, quis clarificar junto de uma entidade que já não me lembro qual foi, Benfica penalizado? Sim, mas apenas com uma multa; e agora, este despautério de um jogador que agrediu, estar em condições de jogar e mesmo que a decisão saísse hoje, se ele no final da temporada sair do Benfica, nunca cumprirá o castigo devido. Isto se a bandalheira não ultrapassar todos os limites e depois de não lhe aplicarem um processo sumário, porque alguém entendeu que o castigo devia ser superior a 4 jogos, a decisão após o inquérito, não for de 2 ou 3 jogos. Há muitos mais exemplos, mas como se vê, o problema não são os regulamentos disciplinares, o problema são os Ricardos Costa e os Meirins desta vida; quando vemos a falta de equilíbrio, seriedade, ética e isenção que existe numa comunicação social que devia ter um papel fundamente para um campeonato equilibrado, mas não tem, toma descaradamente partido; só apetece dizer: devia haver limites para a desfaçatez, falta de pudor e vergonha na cara, naqueles que agora pedem silêncio, mandam calar, querem penalizar quem fala.
O raciocínio deles é fácil de explicar, resumidamente, podemos concluir o seguinte: com o estado lampiânico instalado, os tentáculos do polvo a estenderem-se por todos os lados, as instituições e os seus Orgãos, controladas, não admira que o Benfica/clube do regime queira que todos se calem, ninguém perturbe, coloque em causa o mérito dos seus triunfos, concluindo, o deixem reinar à vontade.
Não e não, não sabemos por onde vamos, mas não vamos seguramente por aí... pelo menos assim o espero e estou certo, esperam a esmagadora maioria dos portistas.
Este Benfica trauliteiro, populista, truculento, sacana, sem nível, sem fair-play e sem respeito pelos adversários, como sistematicamente se viu no passado e como ainda se viu esta época quando as coisas apertaram, não é de confiança, não merece qualquer contemplação, é inimigo, tem de ser combatido e com todas as armas disponíveis.

Nota final:
Quando há acontecimentos que terminam em tragédia, como aconteceu na madrugada do dia do derby da Segunda Circular entre Sporting e Benfica, temos a obrigação de não cavalgar ondas, ter algum recato, apenas lamentar, mostrar àqueles que catalogam uns como anjos e os outros como demónios, que não têm razão, deviam ter vergonha quando não analisam assim. E portanto no caso da morte do italiano, adepto da Fiorentina e do Sporting, nada como esperar para ver. E aquilo que vimos antes do membro dos No Name Boys ser levado à presença do Juíz, não foi bonito, com a conivência de alguma comunicação social, tentou-se passar um filme colorido, para maiores de 6 anos. Depois, quando quem tinha de avaliar e decidir, decidiu, ficamos a saber que o filme, afinal, era o que esperávamos, de terror e só para adultos.

PS - Inspirado no artigo de Miguel Sousa Tavares, no futuro teremos em vez de ChouriçoChouriço Espalha Ódios.

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