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domingo, 25 de fevereiro de 2018


Tinha muito receio deste jogo pelas razões que apontei no post anterior, mas desde muito cedo concluí que não havia motivo para isso.

Num estádio cheio e com os portistas em maioria - um sinal significativo da capacidade que os Dragões também têm para se mobilizar e encher estádios, sendo no Algarve ainda é mais significativo - e num relvado em excelentes condições - parabéns ao Portimonense por ter essa preocupação -, o F.C.Porto entrou com Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Diogo Dalot, Sérgio Oliveira, Herrera e Otávio, Marega, Soares e Brahimi e desde muito cedo mostrou que não ia ficar à espera que acontecesse, ia para fazer acontecer o mais rapidamente possível.
A equipa de Sérgio Conceição entrou muito forte, tomou conta do jogo, aos 5 minutos ameaçou, aos 9 foi ameaçada, na resposta, Marega, após assistência açucarada de Tiquinho Soares, abriu o activo. Nestes jogos marcar cedo é importante, o mais difícil fica feito, mas às vezes e já aconteceu ao F.C.Porto - nas Aves, por exemplo -, há tendência para relaxar, perder concentração, acreditar em facilidades e isso paga-se caro. Não foi isso que se viu, os azuis e brancos que ontem equiparam de laranja, não abrandaram, pelo contrário, continuaram a carregar e como corolário dessa vontade de resolver cedo, ainda não tinham passado mais de 6 minutos e já o guarda-redes dos algarvios ia buscar a bola ao fundo das redes: desta vez foi Marega a entregar de bandeja para Otávio marcar.
A perder por dois golos, o Portimonense tentou reagir, Nakajima mostrou que tem capacidades acima da média, mas nunca a baliza de Iker Casillas correu demasiado perigo. E quando Marega, a passe de Maxi, quase em cima do intervalo, fez o 3-0, deu o golpe de misericórdia, acabou com quaisquer veleidades que a equipa de Vítor Oliveira ainda pudesse ter, quaisquer dúvidas que ainda pairassem.

Com o jogo praticamente ganho, o F.C.Porto iniciou a segunda-parte com a preocupação de não ser surpreendido, evitar um golo que mudasse o cariz da partida e para isso nada como o dizer ao adversário que estava ali para marcar mais golos. E marcou: Tiquinho Soares aos 59 minutos fez o quarto, Brahimi aos 66 fez o quinto e estava consumada a goleada que Lucas Possignolo atenuou já depois do minuto 90. Entre os dois golos, aos 61, Herrera que estava à bica com 4 amarelos e se levasse o 5º ficava fora do importantíssimo jogo frente ao Sporting, foi substituído por Óliver, após o quinto, 68, Marega que queria muito continuar, deu lugar a Hernâni, aos 71, Soares, lesionado a Waris, era o treinador do F.C.Porto e bem, a gerir, tantos jogos não matam, mas moem.

Resumindo:
Mais uma excelente exibição e uma vitória que não merece qualquer contestação, tal foi a superioridade portista. Foi um Porto consistente, organizado e com qualidade, um Porto que defendeu quase sempre bem, juntou a isso rapidez de processos nas saídas para o meio-campo adversário e eficácia no ataque. E assim, um jogo que era a priori difícil, tornou-se fácil, muito mérito do F.C.Porto. Desta equipa de Sérgio Conceição que tem dado provas inequívocas, semana após semana, que é a melhor. Esta equipa representa como nenhuma outra nos últimos anos, o Orgulho Tripeiro e Raça de Dragão.
Só os invejosos e maledicentes não vêem o óbvio.

Notas finais:
Dalot estreou-se a titular e mostrou capacidade para ser alternativa já. Ainda comete alguns erros, é natural, se não cometesse é que seria estranho, mas o talento está lá, como está a versatilidade que lhe permite, mesmo sendo destro, jogar à esquerda sem problemas. As duas assistências que fez para os golos de Soares e Brahimi, são disso exemplo. Na primeira, cortou para dentro e cruzou com o pé direito, na segunda saiu por fora e centrou com o esquerdo.
Ainda só tem 18 anos, se ele e quem está perto dele, não tiver demasiada pressa, não olhar apenas para a parte financeira, pode ser Dragão por mais alguns anos. Será bom para as duas partes.

Tiquinho voltou a facturar e a assistir, fez um excelente jogo, mas saiu tocado. Espero que não seja nada de grave, mas se não estiver disponível, entra outro. Já disse, mas repito, quando o trabalho é bem feito fica mais fácil a quem entra, integrar-se, contribuir, sem que a equipa sofra muito com as ausências. O exemplo de Dalot é significativo.

Independentemente do que acontecer mais logo no Sporting - Moreirense, a equipa de Jorge Jesus chega ao clássico da próxima sexta.feira, pressionada, nem o empate lhe serve. E isso pode ser aproveitado pelo F.C.Porto, um Sporting a ter de arriscar corre muito mais riscos frente a uma equipa vertical e rápida nas transições ofensivas como é a de Sérgio Conceição.

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