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terça-feira, 6 de março de 2018


Sem qualquer hipótese de seguir em frente, depois de uma 1ª mão que correu muito mal e com todas as baterias apontadas ao campeonato, o F.C.Porto tinha ontem pela frente uma tarefa difícil: estava obrigado a conciliar uma saída limpa, isto é, sair com o prestígio intacto e isso passava por um resultado honroso, com a gestão de alguns jogadores nucleares e que nesta altura estão a sofrer o desgaste de uma época em que têm sido muito solicitados.

Era, portanto, necessário correr riscos. Sérgio não teve receio, arriscou e de que maneira. Sim, entrar com um meio-campo com André André que veio de uma paragem longa e já não jogava há várias semanas; Óliver que tem jogado, mas aos poucos; e um miúdo da equipa B, Bruno Costa e que fazia a sua estreia absoluta na principal equipa dos Dragões, é obra. Juntar-lhe dois avançados, um que também raramente tem jogado, Waris, e outro que também estava a regressar de uma paragem prolongada, Aboubakar, idem aspas. Mais um central que tem qualidade, mas é normalmente suplente, Diego Reyes e um puto de 18 anos, Diogo Dalot, como lateral-esquerdo, em Anfield Road, frente a um Liverpool equipa inglesa, logo que não brinca em serviço, idem aspas, aspas idem, é arriscar muito. O treinador do F.C.Porto arriscou, arriscou muito, mas ganhou a aposta. Conseguiu manter o prestígio intacto, geriu e poupou com mestria. Está de parabéns, como estão de parabéns os jogadores. E esse risco tem outro significado que importa realçar e que eu como sabem os que aqui vêm, muito valorizo: mostrou que quando o trabalho é bem feito, os métodos e os processos estão bem definidos, tudo fica mais fácil. As dificuldades são menos notórias, a integração fica facilitada, saem uns e entram outros, mas a matriz está lá sempre. Como está lá sempre a atitude, o carácter e o espírito correcto, o espírito do treinador que já era assim quando jogava.

Sobre o jogo não há muito para dizer...
Naturalmente melhor, o conjunto de Klopp, mais bola, mais domínio, mais oportunidades, uma superioridade natural. Dentro dos condicionalismos apontados, excelente réplica por parte do F.C.Porto, uma boa oportunidade já na ponta final do jogo que até lhe podia dar a vitória, mas empatar em Anfield Road é sempre um excelente resultado.

Notas finais:
Para além dos já citados, jogaram e bem, Casillas, Maxi - grande espírito de sacrifício após ter sofrido uma entrada que lhe rasgou a pena ainda não tinha decorrido o primeiro quarto-de-hora -Felipe e Corona. Entram mais tarde e também cumpriram, Sérgio Oliveira, Ricardo e Gonçalo Paciência.

Agora só temos campeonato e Taça de Portugal, estamos bem colocados para poder vencer ambas as provas. Mantendo esta dinâmica, esta vontade e esta determinação, mais esta comunhão equipa/adeptos, sim nós podemos... mesmo contra ventos e marés.

E como os últimos são os primeiros...
Quando se é goleado em casa por 5-0, um resultado que deixa marcas e acaba com qualquer possibilidade de discutir a eliminatória; e mesmo com um cenário desses se consegue mobilizar mais de três mil adeptos; e esses adeptos depois dão um extraordinário exemplo de fervor e paixão pelo F.C.Porto, cantando e apoiando todo o jogo, isso nos só pode emocionar e deixar-nos orgulhosos.
Bem-hajam todos os que ontem em Liverpool elevaram tão alto o nome do F.C.Porto.

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