S.Clara 1 - F.C.Porto 2. A inspiração não foi muita, mas nunca faltou atitude, numa vitória que teve tanto de difícil como de justa
domingo, 16 de dezembro de 2018
Depois da vitória em Istambul frente ao Galatasaray - a Turquia continua amiga, seis jogos, quatro vitórias e dois empates -, o F.C.Porto mal teve tempo para desfazer as malas, chegou na madrugada de quinta-feira, nova viagem passados dois dias, desta feita para os Açores e para defrontar o Santa Clara.
Sérgio Conceição fez algumas alterações em relação ao onze que jogou de início na Champions League: Maxi deu lugar a Corona; Diogo Leite a Militão; Sérgio Oliveira a Óliver; Hernâni a Soares; Adrián López a Brahimi, uma equipa refrescada e pronta para as dificuldades que se adivinhavam e se confirmaram. Um relvado muito difícil, solto e que prejudicava a circulação e as saídas rápidas, junto a um Santa Clara bem estruturado, organizado e competitivo, complicaram a tarefa do campeão nacional, obrigando os azuis e brancos a fazer um apelo ao espírito de sacrifício e ao carácter para trazerem os três pontos para a Invicta.
Não foi uma exibição brilhante do líder, isolado, mas foi uma vitória justíssima, muito valorizada pela excelente réplica dos açorianos.
Os são bernardos continuam a ladrar e a caravana continua a passar.
Forte, intensa, boa pressão, algumas oportunidades claras, foi prometedora a entrada dos portistas no jogo. Mas a partir de certa altura o meio-campo começou a emperrar, a tardar em soltar, não conseguia desequilibrar nem servir o ataque, chegar à frente em condições de poder assistir ou finalizar, a qualidade baixou. Disso se aproveitou o Santa Clara que soube utilizar bem as faixas laterais e as subidas constantes de Corona e Alex Telles, para criar perigo. Aos 26 minutos valeu um corte providencial de Militão, já com Casillas batido, aos 38 a partir da direita, boa jogada da equipa da casa, Alex adiantado, defesa, descompensada, Zé Manel no coração da área e no meio dos centrais, colocou o Santa Clara na frente do marcador. Reagiu o conjunto de Sérgio Conceição, numa bola parada e depois de um remate de Óliver, que o guarda-redes Serginho - tinha acabado de substituir o lesionado Marco - defendeu com dificuldade, Marega recuperou a bola, centrou, Soares fez o empate, colocou justiça no marcador já no período de descontos, resultado com que terminou a 1ª parte.
Resumindo, numa partida bem disputada, o empate ao intervalo ajustava-se. Entrou melhor o F.C.Porto, a partir do 20 minutos, os insulares reagiram, equilibraram, fizeram pela vida, foram compensados.
Para a 2ª parte Sérgio Conceição tirou um Óliver a perder confiança e fulgor, entrou Otávio e os Dragões foram à procura de dar da reviravolta. Otávio até nem entrou bem - muito trapalhão, a querer fazer tudo sozinho, não trouxe qualquer melhoria à equipa -, a qualidade de jogo não era famosa, mas numa saída bem delineada para o ataque, Soares recebeu no peito - jogada sem qualquer falta -, interiorizou, rematou, o guarda-redes defendeu para a frente, Moussa Marega sempre em cima da jogada, recargou, fez o segundo, F.C.Porto na frente do marcador iam decorridos 58 minutos.
Estava conseguido o mais difícil, mas ainda faltava muito jogo, por isso era fundamental não relaxar, manter a concentração e organização, procurar marcar, colocar-se a coberto de qualquer surpresa. Não foi o que aconteceu, os campeões não só não marcaram como nunca tiveram o jogo controlado, sofreram até ao fim, brilhou Casillas com algumas excelentes intervenções em lances de elevado grau de dificuldade. Já na parte final e numa altura em que mais que tudo era preciso aguentar, saíram Soares para a entrada de Sérgio Oliveira, e Brahimi para a entrada de Maxi.
Concluindo, frente a uma equipa que durou 90 minutos e nunca se rendeu, o F.C.Porto, naturalmente, cansado - um exemplo: aquela bola que Casillas meteu na frente de Marega, noutras circunstâncias não terminava com o maliano a rematar fraco e de fora da área...- à custa de muito trabalho e muito suor, conseguiu o principal objectivo, vencer, somar a 13ª vitória consecutiva, num jogo em que não houve inspiração, mas nunca faltou atitude.
Nota final:
Mal acabou o jogo o SLB reagiu e para apelidar de suja a vitória do F.C.Porto.
Nenhuma novidade nesse comportamento rasca e que tem como objectivo pressionar, condicionar, coagir. A vitória do F.C.Porto foi limpa, fruto de muito trabalho e muito suor, muito espírito de sacrifício, carácter e personalidade de uma equipa que pode não jogar bem, mas não nega esforços para vencer.
Se este comportamento do SLB é recorrente - recordo sempre como exemplo paradigmático a época 2007/2008, época em que o clube do regime ficou em 4° lugar a vinte e tal pontos do campeão F.C.Porto e Vieira, sem pudor e vergonha na cara, veio falar em jogos viciados. Se amanhã o F.C.Porto ficar no mesmo lugar e a uma distância semelhante e algum dirigente portista disser algo parecido, juro que encabeço uma petição para o mandar internar - e por isso nem dever ser levado a sério... pena é que aqueles que enchem a boca a falar deste clima doentio, os que estão sempre preocupados com a imagem da liga portuguesa, não tenham coragem de dizer e em voz alta para o Benfica se calar, ter vergonha, que a desfaçatez e os delírio que alimentam os comedores de palha e de gelados com a testa, tem limites.
Última hora:
Roma - FCP
A.Madrid - Juventus
Ajax - Real Madrid
Liverpool - Bayern
Tottenham - B.Dortmund
Manchester United - PSG
Schalke - Manchester City
O.Lyon - Barcelona
12 de Fevereiro em Roma, 6 de Março no Porto