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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019


Depois da derrota do 2° classificado, Benfica - a luz apagou-se rapidamente e Rui Vitória saiu, facilitando a vida a Vieira que, aposto, vai passar, já está a passar, melhor dizendo, pelos pingos da chuva. Mas a novela só agora começou, os próximos capítulos prometem. Será que o D.Sebastião com nome de Jesus, regressa? - o F.C.Porto tinha na Vila das Aves, frente ao Desportivo local, um difícil obstáculo a ultrapassar. Primeiro, para ficar ainda mais líder, segundo, menos importante, conseguir a 17ª vitória consecutiva, colocar a fasquia ainda mais alta numa marca que já era histórica. Venceu e venceu bem, num jogo que se confirmou difícil, com uma boa 1ª parte da equipa de Sérgio Conceição e uma 2ª complicada, fundamentalmente porque a diferença era mínima e quando é assim, quando não se mata o jogo e o resultado está em aberto, o adversário não se rende, acredita até ao fim, complica. Também porque faltou alguém, um médio que fosse capaz de ter bola, pusesse ordem na casa, organizasse as saídas, evitasse que bola ganha fosse quase sempre bola perdida, muitas vezes com pontapé para a frente sem critério.

De início com Casillas, Maxi, Felipe, Militão e Alex Telles, Danilo e Herrera, Corona, Marega, Soares e Brahimi, o F.C.Porto teve uma excelente abordagem, entrou forte, concentrado, dinâmico, dominador, superiorizou-se claramente a um D.Aves incapaz de se encontrar e travar o bom jogo dos pupilos de Sérgio Conceição. Como corolário dessa superioridade, o campeão nacional fez um golo, marcou mais dois que foram bem invalidados, criou e desperdiçou três ou quatro oportunidades claras, foi para o intervalo com uma vantagem mínima que não reflectia o que foram os primeiros 45 minutos. Sem exagero, 0-2 ou até mesmo 0-3, não seria nada um resultado injusto para a equipa da casa.

Sabe-se o que acontece nestas circunstâncias, com o resultado na diferença mínima o adversário mantém o ânimo, acredita, dificulta a vida ao mais forte. Foi o que aconteceu na 2ª parte, o F.C.Porto não atingiu o nível da 1ª, não conseguiu ter bola, sair bem, aumentar a vantagem, o jogo repartiu-se. Vendo que a inspiração portista não era muita, o Aves empertigou-se e se é verdade que apenas aos 90+5 e de livre directo, teve uma oportunidade com a bola a bater na parte superior da barra e a ir para fora, também é verdade que obrigou o F.C.Porto a ter de estar unido, solidário, concentrado, coeso a defender para evitar sofrer golos, perder pontos e desperdiçar a chance de ficar ainda mais isolado, agora com o segundo a cinco pontos.

Conclusão:
Boa 1ª parte, a que apenas faltou alguma eficácia para construir outro resultado, pior a segunda, mas tudo somado, vitória justa dos Dragões. E uma entrada em 2019 com o pé que está mais à mão...

Notas finais:
Com as imagens disponibilizadas pela Sport TV, sem as linhas de fora-de-jogo, só por má-fé ou desonestidade intelectual, alguém pode afirmar que o golo do F.C.Porto é irregular. Que é um lance  duvidoso, não há discussão, mas se os critérios se mantêm, na dúvida beneficia-se o atacante. E ver o detentor dos direitos televisivos da Liga NOS, numa espécie de VAR de Alterne, através de um ex-árbitro, Pedro Henriques, esmiuçar até à náusea o lance, para concluir que há um fora de jogo, que, repito, as imagens não mostram e a acontecer, será sempre milimétrico, diz tudo sobre a forma como a Sport TV trata o futebol. Pior ainda, porque o jogador que interfere na jogada, no caso, Soares, não foi o marcador do golo e para além disso, um defesa da equipa do D.Aves cortou a bola, a jogada continuou e o golo só aconteceu por culpa um corte defeituoso de um jogador do conjunto do aziado Mota, facto que permitiu a Militão marcar à vontade, E o que dizer do silêncio de FPF, CA e Liga, sobre aquele VAR de Alterne, mais uma vergonhosa originalidade tuga? E como qualificar aqueles três estarolas, o portista é Diogo Feio, que se prestam a colaborar naquela farsa de péssimo gosto?
Só dá vontade de rir quando depois vemos as virgens ofendidas tão preocupadas com o clima de ódio, o fundamentalismo clubístico, a forma como se maltrata o produto, etc. Se é um dos parceiros com mais responsabilidade na indústria a tratar assim o produto que depois quer vender, como querem um futebol melhor, que os adeptos se comportem bem, adiram?

As certezas versus benefício da dúvida ao árbitro, de Duarte Gomes, Dudu para para os amigos.
É uma prática corrente em Duarte Gomes e as contradições que agora são fáceis de detectar e denunciar, são evidentes. Os lances duvidosos que prejudiquem o F.C.Porto ou beneficiem o SLB, sempre benefício da dúvida para os árbitros, assistentes, VAR. Se os lances são duvidosos, mas beneficiam os Dragões ou prejudicam o Benfica, aí já não há benefício da dúvida, só existem certezas, os erros são logo apontados.

Duarte Gomes, Dudu, continua a ser como comentador de arbitragem aquilo que era quando andava a apitar: vê sempre com óculos encarnados.
Dar nota negativa a João Pinheiro que não cometeu nenhum erro grave, como é óbvio, é um sinal que tem um objectivo claro: na dúvida, João, contra o F.C.Porto!
Quanto à questão se o VAR devia intervir ou não, eh, pá, senhores comentadores de arbitragem, todos ex-árbitros, organizem-se! Se os especialistas têm opiniões diferentes, como ficam os adeptos?

Fernando Andrade é oficialmente jogador do F.C.Porto.
Não conheço o jogador, apenas o vi jogar no último Santa Clara vs F.C.Porto e nesse jogo gostei, deu muito trabalho à defesa portista. Mas como não é apenas por um jogo que pode analisar o seu valor, se tem ou não capacidade para se impor de Dragão ao peito, aguardemos, é preciso dar-lhe tempo. Tem a seu favor, um, o aval de Sérgio Conceição que o conhece bem e quis muito, dois, a serem verdadeiras as notícias, fez força e preferiu o F.C.Porto ao clube do regime, mantendo a palavra dada, apesar das condições até serem inferiores. Os portistas valorizam muito esse tipo de atitudes, passa muito por profissionais com este carácter e perfil a construção de  plantéis campeões.

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