sábado, 24 de agosto de 2019
Numa Luz cheia e sob um calor abrasador, o super-badalado Benfica de Bruno Lage, o mais elogiado treinador dos últimos anos, defrontou um F.C.Porto que não começou bem a temporada e que em relação à equipa que esteve na casa do SLB na época passada, apenas teve de início Alex Telles, Danilo e Marega.
Não estarei a exagerar se disser que estava criado um cenário que dava um grande favoritismo ao clube do regime, aos Dragões nada mais restava que serem meros figurantes da festa encarnada. A não ser que... como disse no post anterior, esse super-Benfica não fosse real, estivesse claramente extrapolado pela propaganda. E de facto, hoje na Luz, a propaganda foi ridicularizada pela realidade. Não tinham sofrido golos, sofreram dois; a equipa goleadora ficou em branco, o recorde de quatro jogos iniciais com quatro vitórias e sem sofrer golos, foi para o brejo; super-Lage levou uma lição de Sérgio Conceição; e podia continuar, mas não vale a pena, apenas digo que se Florentino é o novo 120 milhões, quanto valerá Romário Baró?
É, meus amigos, hoje o papão foi papado e pode dar-se por feliz por só ter perdido por dois...
1ª parte de clara superioridade portista, com a equipa de Sérgio Conceição, consistente, organizada e com a lição bem estudada, a ir para o intervalo a vencer pela vantagem mínima. golo de Zé Luís aos 22 minutos. Mas com mais critério a definir e melhores opções no último terço do campo, com outra contundência e assertividade na hora de finalizar, o F.C.Porto podia e merecia ter conseguido uma vantagem mais alargada, quer pelo que fez quer pelo que não deixou o Benfica fazer.
Na 2ª parte o Benfica fez entrar Tarabt para o lugar de Samaris, o F.C.Porto manteve o onze com que terminou os 45 minutos iniciais - ao minuto 73 saíram Ronário Baró e Zé Luís e entraram Otávio e Soares, ao minuto 81 foi a vez de Manafá substituir Luis Díaz. E que dizer da etapa complementar? Nada, a não ser que foi muito semelhante à 1ª. F.C.Porto sempre superior, com possibilidades de chegar mais cedo ao 2º golo, mas voltou a cometer os mesmos pecados da 1ª parte, só conseguiu aumentar a vantagem ao minuto 86, marcou Moussa Marega - que por pudor, não mostrou a barriga...
Resumindo:
Um F.C.Porto competente e colectivamente forte, foi muito melhor em todos os itens - desde o banco até ao relvado, passando pelas bancadas -, que o Benfica, ganhou de uma forma tão clara que nem os mais fundamentalistas se atreverão a contestar.
Sem excessos, nem euforias prematuras, continuemos a caminhar. Temos gente para conseguir lutar pelos objectivos internos e tentar na Europa uma performance que prestigie o F.C.Porto.