Depois de uma excelente exibição frente ao Milan, a que, infelizmente, não correspondeu um resultado a condizer - apenas uma vitória pela diferença mínima, 1-0 -, no regresso ao campeonato, o F.C.Porto não podia ter entrado pior em Tondela. 4 minutos de jogo, má abordagem de João Mário, livre, bola na área, defesa a nanar e golo.
Sem acusar o toque os Dragões reagiram, dominaram, criaram algumas oportunidades, como corolário dessa superioridade, numa delas Taremi empatou. Aos 28, outra vez o iraniano no lance, desta vez ia sozinho para a baliza, foi derrubado por Iker, cartão vermelho bem mostrado ao defesa do Tondela. Se contra onze o F.C.Porto já estava por cima, com a expulsão de um jogador da casa, o domínio acentuou-se, embora sem grande discernimento, sem definir e executar bem e sem grande contundência no último terço, portistas chegaram à vantagem, em mais um livre perigoso junto à área do Tondela. Depois de Vitinha e Taremi não aproveitarem, ao terceiro livre em zona frontal, bateu Uribe, o guarda-redes largou a bola, Taremi bisou, deu a cambalhota ao resultado, azuis e brancos justamente na frente ao intervalo. Isto apesar do Tondela ter replicado bem, sempre que possível sair para o ataque.
Na 2ª parte, portistas, naturalmente, por cima, mas lentos, pouco inspirados, complicativos, algumas vezes desconcentrados, tardavam em matar o jogo, deixaram o Tondela acreditar. Já com Corona no lugar de Zaidu - o mexicano entrou para a direita, João Mário derivou para a esquerda - e mais tarde Sérgio Oliveira e Fábio Vieira nos lugares de Vitinha e Evanilson, finalmente veio o 3º golo, hat-trick de Taremi. Ainda houve tempo para Chico Conceição e Pepê substituírem Luis Díaz e Otávio, mas depois do 3º golo as coisas tornaram-se mais fáceis, ficaram praticamente decididas e até deu para algum desperdício - Pepê que o diga.
Tudo somado, na ressaca de um jogo de Champions que exigiu muito dos jogadores, F.C.Porto sem ter feito um jogo brilhante, venceu com toda a justiça, assumiu, provisoriamente o comando do campeonato, colocou pressão nos seus rivais de Lisboa.