sexta-feira, 8 de julho de 2022
Vamos lá ver...
SCB e FCP comunicaram à CMVM o acordo para a transferência de David Carmo do 1º para o 2º por 20 milhões de euros e mais 2,5 se cumpridos alguns objectivos. Não vi nenhuma comunicação oficial a dizer quais são os objectivos, mas apareceu na CS que nos próximos 5 anos e por cada título que o FCP possa eventualmente conquistar, os bracarenses recebem 500 mil euros. E pronto, como sempre acontece com o FCP, instalou-se a polémica, a polémica como sempre tem pilhas duracell, todo o pingarelho dá bitaites, um pasquim, benfiquista até à medula e onde abundam os lambe cus, até fez uma sondagem para saber se o acordo viola a verdade desportiva. Até parece que este acordo, repito, a ser verdadeiro, é uma originalidade no futebol português. Mas não é. Em Julho de 2019, Chiquinho foi do Moreirense para o Benfica e olhem só o que fazia parte do acordo: «O Benfica anunciou esta segunda-feira a contratação de Chiquinho ao Moreirense, num contrato válido até 2024. O emblema encarnado paga 3,75 milhões de euros ao emblema de Moreira de Cónegos, mais 750 mil euros caso assegure o apuramento para a Liga dos Campeões da próxima temporada.»
Qual é a diferença? Nenhuma. O que diferencia as duas transferências é que uma foi para o SLB e nada se passou e outra para o FCP onde a polémica se instalou.
Mas indo mais longe, porque a memória nunca se apaga, é que no futebol português já tivemos um caso, esse sim, absolutamente surreal, de um óbvio pisar da verdade desportiva, um escândalo sem limites, mas que não mereceu por parte de alguns dos mesmos intervenientes qualquer atitude, este alarido que a transferência de David Carmo para o FCP está a gerar. Estou a referir-me ao ano do Estorilgate, onde no mesmo campeonato competiram o Estoril e o Benfica.
Dando de barato que Cunha Leal ex-responsável pelo futebol do SLB, era o director executivo da Liga, nesse campeonato António Figueiredo, também ele um ex-responsável pelo futebol do SLB, era responsável pelo futebol do Estoril e aqui o cúmulo da pouca vergonha, o na altura accionista maioritário da SAD do Estoril, quem era, quem era? Pois é, era José Veiga o braço direito de Luís Filipe Vieira e homem forte do futebol do SLB.
Ver agora todas estas virgens ofendidas, mais delgadas e menos delgadas, manteigas mais ou menos rançosas, escumalha sem pudor e vergonha na cara, falar de verdade desportiva é apenas mais um exercício de desonestidade intelectual, o modus operandi da uma grande maioria da CS portuguesa.
Não passam de prostitutos da escrita e da palavra, gente transvestida de jornalista.