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sexta-feira, 3 de novembro de 2023


Depois das vitórias em Antuérpia e Vizela, o FCP regressou ao Dragão para defrontar o Estoril, último classificado do campeonato, mas um adversário que cria sempre dificuldades aos azuis e brancos.

Entrando com Diogo Costa, Sánchez, Pepe, David Carmo e João Mário, Francisco Conceição, Eustáquio, Varela e Pepê, Taremi e Evanilson, o conjunto de Sérgio Conceição entrou a ameaçar logo nos minutos iniciais, aos cinco minutos Eustáquio foi derrubado na área, penálti que Taremi falhou, com um remate denunciado e enrolado que o guarda-redes defendeu.
Apesar de desperdiçar uma clara oportunidade de se colocarenem vantagem, o FCP continuou a dominar, pressionar, atacar, ganhou vários livres e cantos, mas sem consequências. Já nem sei o que dizer sobre os lances de bola parada...
Era um bom Porto, com Francisco Conceição a dar o mote, infelizmente sem o corolário justo, um golo que os azuis e brancos mereciam. Destoava Taremi, não só pelo penálti desperdiçado, mas porque errava constantemente os passes já no último terço. Noutro sector, Varela arriscava pouco, tinha de ser Eustáquio a fazer tudo na fase ofensiva, com o desgaste inerente.
Francisco continuava a criar, a assistir, mas os avançados não aproveitavam. 
Um erro de Pepe em cima do minuto 40, ia custando caro aos portistas.
Já em cima dos 45 minutos mais uma vez o golo esteve perto, mas apenas isso, perto...

O intervalo chegou com o resultado em branco que castigava a incapacidade do FCP em fazer um golo. Mesmo quando fez bem e criou, o Dragão desperdiçou. Tem sido uma constante.

Para a segunda-parte o FCP voltou sem alterações e depois de o perigo ter rondado a baliza de Diogo Costa, foi a vez dos Dragões responderem por Francisco Conceição, o único que criava perigo.
Entretanto o Estoril estava melhor, chegando mais vezes à frente e com mais perigo, ia ganhando cantos.
Pelo lado do FCP, a equipa estava bem pior que na primeira-parte, o futebol não fluía, os sectores não funcionavam, particularmente no ataque, onde um desastrado Taremi se arrastava.
Sérgio Conceição mexeu, meteu Nico, Gonçalo Borges e Toni Martínez, tirou Sánchez, Varela e Taremi.
As alterações não trouxeram nada de novo, os portuenses não atinavam.
Aos 73 minutos tudo piorou. David Carmo derrubou um avançado do Estoril, o árbitro assinalou penálti, o VAR disse que foi for a da área, mas na sequência do livre, os canarinhos chegaram à vantagem. Não foi propriamente uma surpresa, os estorilistas estavam melhor.
Com pouco tempo para alterar o resultado, aos 82 entraram Namaso e André Franco, saíram Evanilson e Francisco Conceição, mas a qualidade de jogo dos portistas era muito má, enquanto o Estoril estava mais perto do segundo que o FCP do empate. Toni Martínez ainda fez um ligeiro ameaço, mas nada mais que isso. Já no tempo de desconto mais uma ameaça, mas contra o meco. 
Metia dó a forma como o conjunto de Sérgio Conceição tentava, pelo menos, empatar. Tudo muito atabalhoado, precipitado, sem um laivo de criatividade, nem sequer houve aquele coração que costuma aparecer na equipa do FCP. O único jogador que teve alguns lampejos, já tinha saído esgotado, depois de praticamente sozinho ter remado contra a maré - Francisco Conceição.

A equipa andava há muito a prometer um desastre destes. Muitas vezes impôs-se in-extremis, mas em vez de se reflectir sobre a pobreza dessas exibições, o discurso era, o que importa é ganhar, quem quiser Ópera que vá ao Coliseu, como se quem joga bem não estivesse sempre mais perto de ganhar. Só que desta vez não deu. Perdeu e perdeu bem. Se a primeira-parte a exibição foi razoável, a segunda foi péssima. Este Porto do campeonato é o pior de há muitos anos a esta parte. 

O FCP teve não sei quantos cantos e livres, não fez um golo nesses lances, nem sequer esteve próximo de fazer. O Estoril bastou um livre perigoso para marcar. 

Sérgio Conceição: Os departamentos: "Há coisas a melhorar nos diversos departamentos. Internamente é preciso que as pessoas assumirem a responsabilidade para sermos um clube mais forte. E é isto, não há mais nada a dizer. Os diferentes departamentos têm de fazer mais a nível interno e depois eu estou aqui para dar a cara e assumir as responsabilidades, como hoje." 
Mas agora é culpa dos departamentos o FCP não se impor ao Estoril? É culpa dos departamentos o FCP ter não sei quantos cantos e livres e não só não fazer um golo como nem sequer ficar próximo? É culpa dos departamentos qualquer equipazinha já não tem o mínimo respeito pelo FCP, apresenta melhor qualidade de jogo e mais colectivismo que os azuis e brancos? Mas o que é isto? Um filme de terror? Já não bastava a derrota e ainda temos de aturar estes desvarios? Bodes expiatórios depois de perder com o último? Só tem de assumir a derrota e depois se tiver de dizer alguma coisa sobre o mau funcionamento de algum departamento, diz lá dentro. 

É muito isto...


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