Populares Mês

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024


Na recepção ao Casa Pia e em tempos de turbulência com origem numa série de resultados negativos - três derrotas e um empate -, FCP não podia voltar a escorregar, estava obrigado a ganhar, se possível, ainda mais, depois da derrota do Sporting.


Vítor Bruno escalou Diogo Costa, João Mário, Nehuén, Otávio e Francisco Moura, Eustaquio, Nico e Fábio Vieira, Pepê, Samu e Galeno e os azuis e brancos logo no 1° minuto podiam marcar, Galeno podia ter feito melhor. Com os lisboetas recuados e a defender com muitos, azuis e brancos tinham muita bola, mas dificuldades em chegar na frente, muito por culpa de um futebol lento e denunciado, quando a bola chegava a Samu, o internacional espanhol não segurava. A juntar a isso uma falta de criadores e desequilibradores que era notória. Nos primeiros 30 minutos não houve um lance de golo iminente na baliza do Casa Pia, apenas umas pequenas ameaças. Era preciso pensar e executar rápido, acelerar, pressionar. Não se pode ter tanta posse e não criar oportunidades de golo. Só ao minuto 31 o golo esteve iminente. Nehuén sozinho e com uma baliza de mais de 7 metros, conseguiu acertar no guarda-redes. Não demorou nova ameaça por Samu. Estava melhor o FCP, mas faltava contundência, rematar à baliza. Outra coisa que não pode acontecer, é um canto dos azuis e brancos terminar nos pés de Diogo Costa. Aos 38 livre bem marcado por Fábio Vieira, Sequeira defendeu. Aos 44 Casa Pia perto do golo, no minuto seguinte foi o FCP a poder chegar à vantagem.

O intervalo chegou com o nulo, resultado que se podia considerar justo. 
Porto com uma muita posse, domínio, mas muita parra e nenhuma uva, os casapianos numa ocasião ou outra ameaçaram tanto como a equipa de Vítor Bruno.

É preciso repetir: é notória a falta de jogadores diferenciados, daqueles que nestes jogos amarrados encontram espaços, conseguem tirar coelhos da cartola, fazem a diferença. 

Para a 2ª parte o FCP manteve o mesmo onze e tal como na 1ª, começou por ter a bola, mas desta feita na primeira oportunidade fez golo, marcou Fábio Vieira.
Em vantagem e com o Casa Pia a ter de arriscar alguma coisa, os espaços iam aparecer. Assim foi. Os lisboetas foram ao ataque, defesa portista recuperou, lançou o contra-ataque, Pepê assistiu Samu e golo, estava feito o 2-0.
Feito o mais difícil, era proibido relaxar, facilitar, deixar a equipa de João Pereira entrar no jogo. Para isso era preciso fazer bem, algo que João Mário não fazia e Otávio fez, com um extraordinário remate bem de fora da área e que esbarrou no poste. Merecia ter entrado.
Era a confiança a voltar o que permitia aos azuis e brancos sair bem a jogar desde trás, trocando a bola com mais critério e mais assertividade.
A cerca de 20 minutos do fim alguns jogadores do FCP começaram a dar sinais de cansaço, era preciso mexer. Galeno era o exemplo flagrante. Inacreditável e inadmissível a forma como desperdiçou um golo feito. Porque esperava Vítor Bruno?
Canto e bola na barra de Diogo Costa. Sorte para o FCP.
Aos 78 saíram João Mário e Fábio Vieira, entraram Martim Fernandes e Vasco Sousa.
Com o cansaço veio a falta de discernimento, baixou o ritmo, Dragões só queriam controlar.
Aos 87 minutos um exausto Galeno deu lugar a Gonçalo Borges. Aos 90 saiu Pepê e entrou Namaso. Aos 93 Vasco Sousa muito perto do 3-0. Aos 95 mais um passe errado de Diogo Costa - alguém diga ao capitão do FCP que já chega destes erros -, falta muito perto da área. Va lá que o guarda-redes redimiu-se e com uma excelente defesa evitou o golo.

O jogo terminou com uma vitória justa da equipa de Vítor Bruno, muito por culpa de uma 2ª parte razoável, melhor que a 1ª.
Era fundamental vencer, para readquirir alguma confiança perdida e diminuir a desvantagem para o líder. O objectivo foi conseguido, esperemos que daqui para a frente a equipa possa estabilizar, subir de rendimento, passar a jogar melhor e ganhar.
Para isso é fundamental que alguns jogadores deixem de complicar, cometer erros primários, joguem simples, façam aquilo que se exige a quem veste a camisola do FCP. Não se admite falhar golos como um que Galeno falhou. Hoje não teve consequências, noutros pode ter e os profissionais têm de perceber e ser responsáveis. Não podemos encolher os ombros a falhanços desses, fazer de conta só porque conquistamos os três pontos.

Vamos entrar numa sequência de jogos em que somos superiores e favoritos. Temos de provar em campo esse favoritismo e ganhar. Não pode haver recaídas, já basta o que basta.



- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset