Faleceu António Feliciano.
Não conheço em pormenor o seu percurso como jogador, não sou desse tempo, mas sei que foi Campeão pelo Belenenses, no único título conquistado pelo clube da Cruz de Cristo, onde ficou conhecido como uma das três torres de Belém, tendo sido internacional por várias vezes. Mas se do seu percurso como jogador, sei muito pouco, da sua carreira como treinador e treinador da formação do F.C.Porto já sei bastante mais.
Feliciano está intimamente ligado a vários títulos do futebol jovem portista e está, para além disso, ligado ao lançamento de alguns jogadores que fizeram história de Dragão ao peito, como por exemplo, Fernando Gomes ou Rodolfo Reis. Está a fazer um ano, no jantar de Natal do blog BiBó-PoRtO, que em conversa com Rodolfo Reis, recordavamos a sua sabedoria e a sua grande exigência para com os jovens, ao ponto de não admitir cabelos compridos e aqueles tiques de vedetismo, agora tão frequentes. Eram outros tempos, sem dúvida, mas ver meninos que se comportam como grandes estrelas, quando ainda não provaram nada, vem-me sempre à memória o Grande António Feliciano e a forma como ele lidava com esses pseudo craques.
Chegou a ser por um tempo, curto e em substituição do treinador principal, o responsável pelos séniores do F.C.Porto. Deixou-nos ontem, vai ser cremado e as suas cinzas vão ser espalhadas pelo Campo da Constituição, numa prova clara do seu amor pelo F.C.Porto.
À família enlutada, ao F.C.Porto e ao Belenenses, os mais sentidos pêsames.