23.930 espectadores, uma casa simpática, para uma noite muito fria, um adversário pouco apelativo, um F.C.Porto já qualificado e com o primeiro lugar no grupo garantido, assistiram a uma partida divida em dois períodos: o período quente, até aos 60 minutos e o período frio, nos 30 minutos finais. Entrando em 4x4x2, com um meio-campo em losango, Souza mais atrás, James mais à frente, Belluschi e Micael nas laterais, alternando de posição e com Walter e Falcao na frente de ataque, o conjunto de Villas-Boas teve bons momentos, boas jogadas, excelentes triangulações  e mesmo sem forçar, dominou, marcou e foi claramente superior, a um CSKA que raramente incomodou Helton. Foi também assim nos 15 minutos iniciais da segunda-metade, apenas com a diferença: a um golo dos búlgaros, numa intervenção desastrosa de Maicon, respondeu o F.C.Porto com um golo de R.Micael e um penalty que Falcao cavou e desperdiçou. Tudo se alteraria a partir daí: o colombiano saiu, entrou Hulk, passamos a jogar em 4X3X3 e começou o período frio. Givanildo não entrou com a atitude e o espírito correcto, perdeu-se em toques e mais toques de calcanhar, o jogo perdeu fluídez, dinâmica, arrastou-se a qualidade foi-se e pior, com essa forma de encarar o jogo, o nº 12 portista parece que contagiou alguns colegas, com Belluschi e Walter também a entrarem no samba de um calcanhar só. Pena, muita pena, pois se a exibição não estava a ser brilhante, estava pelo menos a ser agradável e com essa  atitude tudo se modificou para pior. Melhorou na parte final, quando Moutinho, que nunca brinca em serviço, começou a aparecer, acabando o jogo a dar a James a possibilidade de marcar o primeiro golo, em jogos oficiais, com a camisola do F.C.Porto e a mandar uma bola à barra. Como as últimas imagens é que ficam, fica uma imagem positiva, numa noite em que dois sistemas e dois períodos mantiveram o F.C.Porto invencível e com a 22ª vitória conquistada.

Resumindo: vitória natural da melhor equipa, algumas boas exibições. Fucile, o melhor em campo; James grande talento, com um toque na redondinha que diz tudo; e Walter que quanto mais joga mais capacidades mostra. Positivas também a exibições de Moutinho que, como sempre, encara os jogos todos da mesma maneira; de Álvaro, sem ser tão exuberante como no sábado, cumpriu; Belluschi que tirando os tais toques escusados, esteve bem; e R.Micael, um golo e melhorzinho que nos últimos jogos... Menos positivas as exibições dos centrais: voltei a não gostar de Otamendi, apesar do golo e Maicon não pode ter tantas desatenções. Um central de uma equipa como o F.C.Porto que está ligado a tantos golos sofridos, ou definitivamente entra nos eixos, ou então...

Já disse tudo sobre Hulk.

Falcao: quando se força, até de penalty não se consegue, quanto mais de livre!

Guarín entrou bem e Souza acusou o tempo de paragem sendo o elo mais fraco do meio-campo.