É óbvio que Danilo é e vai continuar a ser o defesa-direito do F.C.Porto - e da selecção do Brasil, a curto prazo...- e só em circunstâncias excepcionais poderá jogar noutro lugar. Foi para isso que foi contratado e portanto, sosseguem os portistas. Devia ter jogado em Barcelos de início? À posteriori é fácil dizer que sim, mas não foi por Maicon ter sido lateral na terra do galo que o gato foi às filhoses. Maicon, mesmo adaptado ao lugar, cumpriu sempre e foi sempre dos mais regulares jogadores do F.C.Porto.

Sobre Iturbe a minha posição é a mesma e desde há muitos anos a esta parte: jogadores descontentes, devem resolver os problemas no interior do grupo e depois falar no campo. Iturbe não tem tido, é verdade, muitas oportunidades, mas nas duas últimas que teve, mesmo não tendo jogado muito tempo, desperdiçou-as completamente. Como não vemos os treinos e por isso não sabemos tudo, manda o bom senso calma nas apreciações para não corrermos o risco de mais tarde termos de engolir em seco.
Acredito que se não fossem as declarações do jovem argentino, mais as do pai e do empresário, Iturbe teria jogado frente ao Setúbal. Depois das declarações, metê-lo, seria ceder a pressões, fazer-lhe a vontade, abrir caminho para que os menos utilizados usassem a mesma estratégia. Seria um regabofe. Assim, espero que Iturbe e quem o aconselha, tenha aprendido a lição e fale mais nos locais próprios. Terá, não tenho dúvidas, as oportunidades que merecer.
 
Na mesma linha do ex-presidente do clube do regime e foragido da justiça, João Vale e Azevedo, Carlos Pereira, também conhecido pelo "Guardanapo", presidente do Marítimo, passou um cheque sem cobertura de 130 mil euros para pagar uma dívida fiscal. Mais, diz ele aqui, que o fez de propósito. O que irá acontecer? Será que tal como aconteceu em relação ao Benfica, as Finanças vão aceitar como penhora, acções sem qualquer cotação e passar a declaração que permite o clube apresentar-se na Liga como não devendo nada ao fisco?

Artur Soares Dias, sempre que arbitra os vermelhos da Luz, mostra a sua gratidão para com o clube do regime. No domingo a vítima foi o Marítimo que viu um seu jogador ser expulso por ter tocado com o braço, sem qualquer intenção, em Javi Garcia. O irónico da situação é ter sido logo um dos jogadores useiro em vezeiro em utilizar os braços - e a cabeça...-, sem qualquer consequência, para além de uns amarelos, a provocar a expulsão do azarado Pouga.

Pedro Emanuel jogou pelo F.C.Porto no primeiro jogo da Liga Fertiberia de futebol indoor que decorreu no Dragão Caixa. Esse facto foi suficiente para um jornalista do panfleto da queimada, Rogério Azevedo de seu nome, aqui e com a sensibilidade à flor da pele, logo se socorrer de uma citação biblíca - à mulher de César não basta ser séria, ter de parecer -, para atacar o actual treinador da Académica. Pedro é um grande profissional, tem um trajecto limpinho e certamente não ficará incomodado com o que disse o Azevedo, mas estes jornalistas são muito sensíveis ao azul e não têm sensibilidade nenhuma com coisas muito piores e com origem no vermelho. Ninguém viu o Rogério dizer nada acerca da pouca vergonha Djaniny, só para citar o exemplo mais recente de um comportamento, esse sim, merecedor de forte censura, praticado pelo Benfica. Com esta sensibilidade tão apurada, nem quero imaginar o que diria o Azevedo, se um jogador do F.C.Porto, emprestado a outro clube e num jogo contra os Dragões, tivesse um azar qualquer... falhar um golo, por exemplo... É como diz um amigo meu, aquilo na queimada está de tal ordem, que até contagia os mais equilibrados e sensatos.