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domingo, 19 de fevereiro de 2012


Mais para lá do que para cá na Liga Europa - seria um feito extraordinário e surpreendente, a eliminação dos ingleses, depois do resultado do Dragão...-, resta ao F.C.Porto colocar todas as fichas no campeonato, Liga Zon Sagres. Não dependendo apenas dele, por força dos 5 pontos de atraso para o líder, só a vitória interessa ao Campeão para poder manter a chama do título acesa. Portanto, em Setúbal e frente ao Vitória vindo de uma chicotada psicológica - quando entra um treinador novo, no caso, José Mota, quase sempre mexe de forma positiva na cabeça dos jogadores - e precisado de pontos, é necessário um Porto recuperado física e mentalmente, consciente das suas responsabilidades, capaz de cumprir a sua obrigação, conquistar os três pontos e continuar na luta. Ao fim e ao cabo, mostrar, na prática, que a frase de Lucho González, no fim do jogo frente ao M.City, «Ficará demonstrado que este grupo é forte animicamente», não é apenas teoria.
É a altura do vai ou racha... Força Porto!

O árbitro é Paulo Baptista, auxiliado por José Braga e Walter Rufo.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e Bracali;
Defesas, Sapunaru, Rolando, Maicon, Otamendi e Alex Sandro;
Médios, Fernando, Lucho, Moutinho e Defour;
Avançados: Varela, Hulk, Janko, James, Djalma, Iturbe, C.Rodríguez e Kléber.

Equipa provável: 
Helton, Maicon, Rolando, Otamendi e Alex Sandro, Fernando, Lucho e Moutinho, Hulk, Janko e Varela.

Antevisão de Vítor Pereira:
Por força dos constrangimentos já conhecidos, decorrentes das lesões de Mangala e Danilo e do castigo de Alvaro, vai ser obrigado a mexer na equipa para Setúbal. Consegue dissociar este jogo do próximo, em Manchester? Pode-se dizer que esta partida serve de ensaio para a equipa?
São competições distintas. Temos objectivos claros, que passam por ganhar no campeonato para termos ainda possibilidade de lutar pelo título. Não podemos abdicar de jogar com todos os argumentos em Setúbal. Vamos lá jogar na máxima força, pois sabemos que vamos encontrar uma equipa motivada, que mudou recentemente de treinador, o que mexe sempre emocionalmente com os atletas, mas vamos ao Bonfim na máxima força e com o pensamento na vitória. Queremos ganhar o jogo.

O FC Porto entra em campo antes do Benfica, que tem uma deslocação complicada a Guimarães. Espera encurtar distâncias nesta ronda, até tendo em conta que já bateu os sadinos duas vezes esta temporada?
Espero é ganhar o jogo em Setúbal. Não espero qualquer facilidade. Espero até dificuldades acrescidas pelo facto de já lhes termos ganho em duas ocasiões. Quando assim é, quando há vários jogos entre duas equipas, vão-se reconhecendo qualidades e encontrando soluções para contrariar o adversário. Este é um jogo importante para nós, em que é fundamental ganhar. Vamos à procura dos três pontos.

Jogar antes do rival é uma vantagem?
Não. É perfeitamente normal haver esta alternância. Não é significativa. Independentemente do que fizer o adversário nós temos é de pensar em nós e ganhar os nossos jogos. É com isso que nos preocupamos.

Sem Mangala, Danilo e Alvaro, e depois do resultado negativo desta quinta-feira para a Liga Europa, a equipa está fragilizada emocionalmente?
Não, não está, nem eu admito essa possibilidade. Contra o Manchester City fizemos coisas muito boas e temos de as valorizar. O que fizemos de menos bom temos de corrigir e é para isso que trabalhamos, ponto final. Estamos totalmente concentrados no campeonato e no Vitória de Setúbal. Temos a obrigação de estar no nosso melhor nível para trazermos de lá os três pontos.

Estas baixas podem, de alguma forma, pôr em causa algum dos objectivos da equipa?
De todo. Lamentamos as lesões e lamentamos não poder contar com os jogadores, porque são jogadores de qualidade, mas nesta situação surgem oportunidades para outros atletas se mostrarem. Todo o grupo tem vindo a trabalhar bem. Há vários jogadores que merecem e justificam as oportunidades que vão ter e garanto que vamos ter uma equipa preparada para vencer. Acredito muito nos jogadores que estão disponíveis e que vão ser chamados a jogo.

Com a lesão de Danilo deduz-se que Maicon volte à direita da defesa. Pode confirmar?
Não vou abrir o jogo, vocês já sabem disso. Vou dizer o que digo em todas as conferências de imprensa: antes de avisar a equipa, não dou o onze publicamente. Maicon pode jogar ou não, à direita ou não. Eles ainda não sabem, portanto...

E Sapunaru? Conta com ele?
Conto sempre com quem está disponível e a trabalhar nos níveis de exigência que achamos necessários. O Sapunaru está a trabalhar bem, no nível de exigência que pretendemos, portanto é um jogador que faz parte dos planos da equipa. Ele está disponível, satisfaz-me em termos de comportamento de treino, de entrega, de envolvimento de grupo, e eu conto com ele. Amanhã vê-se se joga ou se não joga.

Que marcas deixou o jogo contra o Manchester City? Os ingleses têm uma equipa muito forte fisicamente, houve um processo de recuperação diferente?
Infelizmente o que houve foi um prazo muito curto para recuperar. Não preparámos o jogo com V. Setúbal, propriamente, só tivemos tempo para recuperar os jogadores. Mas estamos habituados a isto, a ter de responder a um quadro de jogos a meio da semana. Espero que a equipa chegue bem ao jogo e pronta a dar uma boa resposta.

Disse há pouco que o FC Porto fez coisas boas frente ao City. Quer especificar?
Já comentei esse jogo, não vou voltar a repetir-me. Há que corrigir o que esteve menos bem, mas essa é uma preocupação para a próxima semana.

Também referiu há momentos que esta visita a Setúbal é fundamental...
Sim, é um jogo fundamental numa prova onde procuramos o título. E isso tem a ver com os cinco pontos de atraso que temos neste momento. Sabemos que temos de encurtar a distância. Não podemos dar-nos ao luxo de perder pontos. Temos de chegar a Setúbal, fazer um bom jogo e ganhar, para trazermos mais três pontos. Neste momento só pensamos nesta partida. Nesse sentido, o fundamental é ganhar o próximo jogo para termos possibilidades de chegar ao título.

Recentemente Pinto da Costa disse numa entrevista à “Gazzeta dello Sport” que José Mourinho enviava mensagens aos jogadores do Chelsea. André Villas-Boas respondeu dizendo que também o fazia com jogadores da Académica e do FC Porto. Incomoda-o?
Não, de todo. São situações normais. É perfeitamente normal. Depois de trabalharmos com um grupo de jogadores criam-se laços de amizade. Eu também troco mensagens com o André e ele comigo, somos amigos na mesma. É natural enviarmos mensagens de apoio ou de felicitações. É um assunto que não incomoda minimamente.

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