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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


A noite fria, o período natalício e horário do jogo pouco aconselhável, fizeram com que o Dragão registasse uma casa fraca, talvez a mais fraca de todas esta época, em jogos do campeonato, apenas 20.622 espectadores. E foi pena. Foi pena porque mesmo tendo em consideração a fraqueza da equipa algarvia - uma das piores que pisaram o magnífico relvado do belíssimo Estádio do F.C.Porto, na temporada 2013/2014; e o futebol muito feito em esforço, trapalhão até e saindo de forma pouco natural, em vários momentos do jogo - particularmente na primeira-parte -, a equipa portista fez uma exibição que foi simpática, digamos assim, nos 45 minutos iniciais, boa e em alguns períodos muito boa, na etapa complementar. Tanto numa parte como noutra, o domínio do tri-campeão foi total, a superioridade flagrante, mais uma vez e hoje talvez ainda mais nitidamente, voltou a faltar eficácia, faltaram mais golos no sapatinho do Dragão.  
Talvez um 6-0 e não é exagero, reflectisse mais fielmente o que foi o jogo. Ficamo-nos pelos 4-0, é um goleada, o resultado mais desnivelado conseguido no consulado de Paulo Fonseca, o que é de saudar. E mesmo com as cautelas que se exigem quando do outro lado esteve uma equipa pequena, em todos os sentidos, o jogo desta noite, em especial quando o resultado estava garantido; a confiança se instalou; os jogadores e a equipa se soltaram; ficou provado que há matéria prima para fazer coisas bonitas - que o líder da equipa técnica e de uma vez por todas, ganhe também ele confiança, salte definitivamente a barreira que existe entre treinar o Paços e o F.C.Porto. Porquê tanto receio de mexer, quando o resultado já era de 2-0 e o Olhanense não fazia mal a ninguém? Será que Ghilas só entrou porque o 3-0 aconteceu?
Mas o jogo de hoje, se por um lado confirmou a forma exuberante de Fernando, forma que dura desde a pré-temporada, a grande capacidade e enorme potencial de Carlos Eduardo - o melhor em campo com duas assistências e um golo fantástico. Às vezes dá a sensação que o ex-Estoril está a produzir música clássica e alguns colegas estão sintonizados na música pimba -, também mostrou que o terceiro elemento do meio-campo, o capitão Lucho, tem de subir patamares. E o nível de El Comandante tem de subir porque há gente à espreita, não pode ficar a sensação que jogou mal, porque os seus parceiros estiveram muito acima dele na qualidade da exibição. Outra conclusão é que com Kelvin no lugar de Licá, principalmente em jogos como o de hoje, jogos de sentido único, o jogo do F.C.Porto flui muito melhor. Jackson continua jogar bem e a marcar; Varela está bem assim - é favor não estragar; Herrera entrou bem e marcou um grande golo; Danilo é um craque; os dois centrais, mais Mangala e Helton, cumpriram; Ghilas apesar de ter entrado mais cedo dois ou três minutos, não pode mostrar muito em tão pouco tempo; Licá está a ser o elo mais fraco e quando a equipa começa em rápidas trocas de bola...

Chegamos à pausa natalícia - amanhã farei um pequeno balanço... - e neste momento estamos no primeiro lugar com os mesmos pontos do Benfica e mais um jogo que o Sporting. Não sei o que o mercado de Janeiro ditará entre possíveis entradas - para além de Quaresma - e saídas, mas como não espero uma revolução, fica a certeza que o F.C.Porto, porque é o campeão, mas não só, para mim continua a ser o favorito à conquista do título. Que Paulo Fonseca perceba esta realidade e pense grande, pense como se exige ao treinador do melhor clube português. O combóio do Dragão só pára uma vez no mesmo apeadeiro. Quem o apanha, pula e avança, tem o futuro à sua frente. Quem o perde apenas vai dar pequeninos passos no futuro.

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