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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

 
Entregamos o ouro ao bandido. 
Mesmo que os alemães não sejam uma grande equipa, são melhores e mais competitivos que a maioria das equipas portuguesas, algumas das quais têm batido com demasiada facilidade o pé ao Dragão. Portanto, o Eintracht era um bom teste para saber se melhorias do F.C.Porto, notadas em Barcelos, teriam continuidade, se há um Porto mais próximo daquilo que pode render, ou Barcelos foi apenas mais uma excepção, uma ilusão, vimos a vitória frente ao Gil com olhos demasiado azuis.
Não foi um passo atrás na qualidade de jogo, mas também não foi um passo à frente, foi um passo ao lado.

Sem deslumbrar, mas tendo períodos bem aceitáveis, o F.C.Porto, como tem acontecido demasiadas vezes esta época e então nas provas europeias, nem se fala, conseguiu até determinada altura uma exibição interessante, um resultado importante, 2-0, mas voltou a cometer erros primários e no espaço de 5 minutos, de uma vantagem que dava alguma tranquilidade, passou para um empate comprometedor. E injusto. O F.C.Porto fez o suficiente para vencer uma equipa que não sendo de tope, é organizada, alta e forte, pragmática e objectiva, não precisa de muito para marcar.

Na primeira-parte o F.C.Porto foi melhor que o adversário e mesmo não tendo um domínio absoluto, nem o controlo total - os alemães nunca ficaram encurralados, saíram sempre podiam para o ataque -, conjunto de Paulo Fonseca fez jus à vantagem com que chegou ao intervalo, num golo fantástico de Quaresma, já quando o intervalo estava à vista e o nulo parecia manter-se. Era um resultado que premiava a melhor equipa em campo e não podia haver tónico mais importante que uma vantagem naquela altura, para mais com um golo daqueles, para dar moral e confiança  para a segunda-parte.

Não deu. No início da etapa complementar a equipa azul e branca perdeu organização e coesão no sector intermédio, o Eintracht subiu, ameaçou, mas sem fazer perigar a baliza de Helton. Passado esse período que durou cerca de 10 minutos, o F.C.Porto voltou a ficar por cima, aumentou a vantagem e tudo parecia conjugar-se para a primeira vitória no Dragão, nas provas da UEFA, esta época. Mas esta equipa parece masoquista, gosta de sofrer e fazer sofrer. E foi assim, sem fazer muito para o merecer, aproveitando duas abébias portistas que equipa de Frankfurt chegou ao empate e passou a ser a favorita para seguir em frente na prova. Uma desilusão. Mais uma.

Notas finais:
Grande ambiente no Dragão, muito por culpa dos perto de 5 mil alemães que fizeram uma grande festa, enquanto do lado do F.C.Porto, apenas os mesmos de sempre deixaram a sua marca. A crise, o tempo e as más exibições do tri-campeão, explicam alguma coisa, mas também os preços dos bilhetes, mais caros que em jogos similares de épocas anteriores, tiveram a sua interferência.

Não tenho dúvidas que somos melhores, mas esta equipa portista não dá confiança. Sendo assim, embora acredite sempre e portanto acho ainda que podemos passar aos oitavos-de final, mas, confesso, a crença já é menor.

As equipas constroem-se a partir de trás, é uma máxima do futebol. Na época passada tínhamos uma defesa segura, com uma vantagem de dois golos, a vitória era uma certeza - não me lembro de ter dois golos de vantagem e não ganhar. Esta época, a defesa oscila demasiado, apesar da falta de acerto do meio-campo, falta coesão, concentração e segurança ao sector defensivo.

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