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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


É difícil nesta altura falar do F.C.Porto e fugir ao tema do momento: a equipa de futebol e o seu líder técnico. Paulo Fonseca estará no banco em Frankfurt, isso, neste momento, é garantido. E como é garantido, há quem diga que o Presidente está sozinho nessa decisão e ela se deve apenas a uma teimosia de Pinto da Costa, uma prova de força para mostrar quem manda; também até já ouvi por aí algumas teorias maquiavélicas, género, Pinto da Costa quer deixar até ir até ao fundo para depois então alterar rumos e até mudar pessoas. Não sei o que vai na mente do Líder portista, mas sei que quando as coisas não estão bem e há silêncio, é natural que surjam muitas teorias da conspiração, especulações gratuitas, muito ruído e pouca verdade. Tentar perceber, encontrar explicações, é o desafio de hoje. Direi o que penso, quem quiser contribuir, será bem-vindo. Vamos a isso.

Depois de uma sequência de maus jogos e de resultados que podem atirar esta época para uma das piores dos últimos anos - no que ao campeonato diz respeito e a que se junta uma muito má prestação na Champions League; de uma derrota em casa, algo que já não acontecia há mais de cinco anos, uma derrota que até pode ser injusta, mas que correspondeu a mais uma exibição aquém do que se exige a uma equipa do F.C.Porto - fizemos o primeiro remate à baliza do Estoril aos 40 minutos e apenas demos um ar da nossa graça nos primeiros 20 minutos da segunda-parte; e termos ficado a 7 pontos da liderança, o que fazer, no que ao treinador importa? Porque mantém Pinto da Costa, Paulo Fonseca no cargo? Para mim: se o treinador não atira a toalha, mostra e transmite uma convicção firme que pode mudar o rumo dos acontecimentos, dar a volta ao texto, acredita convictamente que já na quinta-feira será capaz de levar a equipa a dar a resposta pretendida, faz algum sentido mantê-lo. Nesse caso, o treinador pode merecer a oportunidade de mostrar isso mesmo no jogo europeu, jogo em o F.C.Porto parte em situação muito difícil. Mas, se pelo contrário, o treinador se mostra cansado, derrotado, só quer sair deste pesadelo e o Presidente o mantém, pergunta só pode ser uma: porquê? E aqui é que a porca torce o rabo. Como não quero entrar pelas teorias conspirativas, nem pela teoria da terra queimada, para depois reconstruir do quase nada, qual então a resposta à pergunta: porque vai à Alemanha, Paulo Fonseca? Porque tem contrato e os contratos são para cumprir? Porque Pinto da Costa vê coisas que muito poucos vêem, tem a convicção  que Paulo Fonseca não é o principal culpado, é mais vítima do que réu e continua a pensar que o seu treinador tem capacidades para e em primeiro lugar, eliminar o Eintracht e a partir daí as coisas definitivamente entrarem nos eixos, mesmo que o principal objectivo da época esteja quase perdido? Porque a saída agora, tão em cima de um jogo importante, para além de obrigar a entrada de alguém - quem? Luís Castro, para o curto prazo? -, mesmo que isso fosse possível, mesmo que quem viesse tivesse um discurso forte, motivador, galvanizador, só por milagre as possibilidades de sucesso aumentariam? Porque já se interiorizou que está época já não tem muita salvação - se se salvar alguma coisa, Taças, por exemplo, óptimo... - e por isso já se está a trabalhar na próxima e ainda não é o momento para anticipar nada? As respostas ficarão para o jogo e o após jogo de Frankfurt. Aí e não sendo apologista de que o Presidente banalise as entrevistas, acho que é o momento de falar e falar grosso. Falar para dentro, sócios  e adeptos e para fora. Não podemos permitir que, só porque as coisas não estão bem, querquer merdoso insulte o F.C.Porto e o seu Líder. É preciso explicar que esta política desportiva foi que levou o F.C.Porto aos píncaros, esta política foi a base do sucesso, esta política é a política do Presidente. Agora Pinto da Costa só estorva, quem merece todos os elogios são os seus "ministros das finanças". Um, pelos vistos muito poupadinho, segundo algumas luminárias, deixou um buraco na SAD do Basquetebol que obrigou a medidas drásticas. O outro, olhem para o que eu digo, poupem, não olhem para o que eu faço, porque eu ando de Porche Panamera, não foi porque o F.C.Porto me deu essa possibilidade, foi porque herdei. É, como dizia ontem, ou pomos travão nestas coisas, ou então vai sobrar para Pinto da Costa. E como a propaganda faz milagres... Fica a tal questão da porta grande ou porta pequena.


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