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quarta-feira, 20 de agosto de 2014


Por mais que Julen Lopetegui procurasse desdramatizar, todos sabemos e os profissionais do F.C.Porto ainda mais, da importância para o F.C.Porto estar na Champions League. Hoje demos um passo para estar na prova entre clubes mais importante do futebol mundial, mas apesar de estarmos em vantagem, não podemos facilitar.

Primeira-parte de domínio do F.C.Porto, muita posse, mas faltou largura, profundidade, acutilância ofensiva. Lopetegui entrou com algumas cautelas, muita gente no meio-campo, com o objectivo de não ser surpreendido com uma entrada forte dos franceses. Só que a equipa de René Girard não arriscou nada, jogou claramente na expectativa, no erro do F.C.Porto. E assim, houve com pouco espaço para jogar, grande concentração na sua intermediária, poucas jogadas de perigo: da parte da equipa azul e branca, um remate de Rúben que Enyeama defendeu; um penalty claríssimo que ficou por assinalar numa falta sobre Jackson; e um remate de Herrera que bateu num defesa e foi para canto. Enquanto a equipa do norte de França só chegou à baliza dos dragões aos 35 minutos e teve uma oportunidade flagrante que Corchia desperdiçou, já sobre o minuto. Portanto, resultado justo, numa primeira-parte em que os cuidados de ambas as equipas prevaleceram sobre a vontade de marcar. E em que o F.C.Porto se perdeu em demasiados toques, não teve grande dinâmica, não saiu rápido, jogou pelo seguro.

Na segunda-parte o F.C.Porto apareceu mais veloz, mais estendido, mas como o Lille não saía, o jogo desenrolava-se muito no sector intermédio, muito semelhante ao que tinha acontecido na etapa inicial, não havia objectividade, havia sempre algo a emperrar, o passe tardava, era difícil desorganizar a equipa francesa. Vendo que era preciso fazer alguma coisa, Lopetegui trocou Brahimi, hoje muito curtinho, por Tello e o ex-Barça mal entrou, trocou a bola com o menino Rúben, este deu-la no espaço, Tello foi para alinha, fez um excelente cruzamento, Jackson no sítio certo, cabeceou, o guarda.redes defendeu e na recarga, Herrera marcou, adiantou o F.C.Porto no marcador - Herrera que estava a ser dos mais complicativos. A perder era natural que o conjunto gaulês passasse a soltar-se mais, a arriscar mais, ia haver mais espaço, espaço que o conjunto de Lopetegui podia  explorar. Era preciso um Porto matreiro, concentrado, procurando jogar pela certa, simples, segurar, mas espreitando dar a machadada. Só que o Lille nunca chateou muito, não veio com tudo para cima e assim, o F.C.Porto defendeu bem, controlou e conseguiu uma vitória justa.

Notas finais:
Quando a equipa trabalha bem, está unida, solidária, funciona com espírito de grupo, não é importante destacar ninguém. Apenas destacar o Rúben, mas apenas porque foi o jogador português e do F.C.Porto, mais novo a estrear-se na Champions League - 17 aninhos de talento genuíno e made in F.C.Porto.

Não fomos brilhantes,.mas nestes jogos, com objectivos muito importantes em jogo, mais que brilhar, é preciso ser pragmático e conseguir bons resultados. Não podemos esquecer que é quase tudo novo no Porto 2014/2015; não podemos esquecer que somos uma equipa jovem, hoje a média de idades não chegou aos 23 anos. Fizemos isso, a eliminatória pende para o nosso lado, mas ainda não está decidida. Na terça-feira é fundamental um Estádio do Dragão cheio, um ambiente fervoroso de apoio à equipa. Estamos a construir um excelente plantel - nos próximos dias vamos ter boas novidades -, o entusiasmo é muito, vamos mostrar ao Lille todo o fogo dos dragões.
Sem euforia, sem triunfalismo, sem exageros, mas com a consciência que estamos no bom caminho. Temos Porto!

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