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domingo, 1 de março de 2015


Um brilho imenso iluminou a noite do Dragão. Um Porto de classe, Vintage, conseguiu uma vitória cristalina, indiscutível, mas que peca por ser muito escassa. Se a vitória do Sporting no jogo da taça, para alguns entendidos, foi um banho de bola, como qualificar o que se passou hoje? Um tsunami de bola, tal foi a superioridade de Dragões sobre leões. Era um clássico importante e decisivo: porque ainda não tínhamos ganho nenhum, porque o líder tinha ganho ontem, porque perder pontos significava dizer adeus ao título. E a resposta do conjunto de Julen Lopetegui foi tão forte, tão contundente que reduziu o Sporting a nada. Foi uma noite a recordar as melhores noites do Dragão

Na primeira-parte, passados cerca de 20 minutos iniciais equilibrados e que mostraram um Porto um pouco tímido e à procura da melhor abordagem, enquanto o Sporting ficava na expectativa para depois procurar sair em contra-ataque, o conjunto de Lopetegui foi-se libertando, aumentou o ritmo, a pressão e a intensidade, passou a dominar, a atacar mais e com mais perigo, fez um golo excelente - desde o passe de calcanhar de Jackson até ao pique de Tello que isolado não perdoou na cara de Rui Patrício -, podia e merecia ter feito pelo menos outro e chegado ao intervalo com uma vantagem de dois golos. A melhoria dos de azul e branco deveu-se a um meio-campo que contou com um Casemiro forte na marcação e na recuperação, a que se juntou duo, Evandro e Herrera, dinâmicos, rápidos com bola e sobre a bola, mais o envolvimento dos laterais no apoio aos alas e na ajuda ao capitão, exímio a segurar, esperar e soltar no momento certo, para ir aparecer a complicar a vida aos centrais leoninos que nunca tiveram sossego.
Resumindo, os Dragões acabaram bem os primeiros 45 minutos, apenas faltou mais calma e melhores escolhas na zona de finalização para a vantagem se ter dilato, mas era o prenúncio do que estava para vir.

Entrando forte na etapa complementar, o F.C.Porto podia ter marcado logo e por mais que uma vez, nos minutos iniciais, faltou mais eficácia e contundência na hora de mandar lá para dentro para que o 2-0 que já era mais que merecido, surgisse. Viria a surgir perto da meia-hora, novamente por Tello e em mais uma notável assistência do capitão. Era o corolário de uma superioridade notória, era a certeza de uma vitória que já não iria fugir, mas ainda era um resultado que não fazia justiça à diferença de qualidade de jogo entre as duas equipas. Não abrandando, mantendo a concentração atrás, a capacidade, organização e equilíbrio a meio-campo e já com Quaresma no lugar de Brahimi - mais tarde Rúben entraria para o lugar de Evandro( grande jogo fez o ex-Estoril) e Indi para o de Danilo em manifestas dificuldades físicas -, FC.Porto foi à procura de mais golos, apenas fez mais um pelo inspirado Tello, mas devia ter conseguido mais dois ou três. Cinco ou seis a zero seria o resultado que a exibição portista justificava.
Foi, repito, uma noite de brilho intenso. Total mérito de um F.C.Porto de grande nível. Ponto final!

Notas finais:
Houve exibições monstruosas na equipa azul e branca e podia apontar várias, mas quando a manifestação colectiva é tão exuberante... seria injusto destacar alguém.

O Dragão está forte, confiante, moralizado, motivado, não desarma, mostou estar pronto para tudo. Haja a vergonha que Artur Soares Dias não teve na noite de hoje. 90 minutos contra o F.C.Porto, expulsões perdoadas ao Sporting por lances bem mais graves que aqueles que valeram amarelos a jogadores portistas.

Andebol:
Vojvodina 27 - F.C.Porto 29. Dragões ainda na luta pelo apuramento.

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