Depois do que aconteceu na sexta-feira e de um resultado que deixou marcas, as expectativas sobre a qualidade da exibição eram baixas, mas era importante, fundamental mesmo, ganhar - uma derrota em cima de outra, seria péssimo, as coisas que já não andam bem tenderiam a piorar. 
Ganhamos, o principal objectivo foi conseguido, já sobre a exibição confirmaram-se as expectativas, apenas dois lampejos - o golo de Alex Telles e o jogão de Tecatito - numa noite cinzenta, valeram a vitória, difícil, conseguida com muito custo e um grande susto.
Não sei se tudo se resume à falta de confiança, mas se olharmos para o jogo salta a vista a incapacidade de alguns jogadores para fazerem o básico: recepcionar e passar bem; simplificar em vez de complicar. E se a isso juntarmos a incapacidade que a equipa tem em ter bola, tocar, circular, controlar o jogo - como se viu ontem após o 1-2 e à natural reacção do Vitória -, pensar e executar rápido, atacar e defender de uma forma compacta e organizada, concluiremos que não é difícil a qualquer equipa criar problemas a este Porto e nem precisam de fazer um grande jogo - o que me leva a perguntar: qual é o problema do F.C.Porto? Na época em que tem o maior orçamento da história e quase no final de Janeiro, porque as boas exibições são apenas excepções que confirmam a regra de um mau futebol? Para isto, meus amigos, metade do orçamento chega e sobra.
Nada a apontar à atitude, vontade e determinação dos jogadores, mas para sábado é preciso mais que atitude e vontade, é preciso mais qualidade de jogo...

Quem marca um penálti daqueles, mostra apenas amarelo a uma agressão em duplicado - será que junto à bandeirola de canto as regras são diferentes? - também podia validar um golo irregular. Seria serviço completo. Nada de mais para o artista de Paredes.

Mesmo no Estádio do Dragão não é raro ver-se os jogadores dos adversários do F.C.Porto rodearem os árbitros e árbitros assistentes e reclamarem, pressionarem, muitas vezes sem razão. Já os jogadores do F.C.Porto aceitam com um comodismo e uma passividade que mete dó, os erros mais grosseiros.

Sinais dos tempos...

Cara bem lavada para ter a certeza que li bem e vamos lá a ver quantos campeonatos ganhou o FCP nos últimos 20 anos:
2 com José Mourinho, 2002/2003 e 2003/2004;
1 com Co Adriaanse, 2005/2006;
3 com Jesualdo Ferreira, 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009;
1 com André Villas Boas, 2010/2011;
2 com Vítor Pereira, 2011/2012 e 2012/2013;
1 com Sérgio Conceição, 2017/2018.
Como a metemática não engana como engana a fantasia... 10 no total.
Resumindo: o calo está a dar cabo da mioleira à toupeira Delgado.