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sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Confesso: não esperava tanto. Não porque não acredite na qualidade do plantel, na equipa e em quem a dirige, mas porque só agora as coisas estão a entrar na normalidade, apesar de ainda terem faltado dois potenciais titulares, Otamendi e Guarín, por compromissos com as selecções.

Depois dos primeiros 15 a 20 minutos sem grande inspiração, parecendo acusar alguma desorganização a meio-campo - não estava Moutinho, nem Fernando, já para não falar em Guarín. O trio que mais jogos fez na época passada... - e precipitação no ataque, o conjunto de Vítor Pereira embalou para 25 minutos finais de muito boa qualidade. Claro domínio, pressão intensa e asfixiante, boa circulação de bola, muitas e bonitas jogadas, o Setúbal todo atrás, apenas a tentar evitar o golo, que só não entrou por manifesta falta de sorte - três bolas na barra. Se a diferença mínima seria escassa para o que merecia o Campeão, o nulo era uma grande injustiça.

Se a 1ª parte foi muito boa, a 2ª foi fantástica. Tirando Souza - não estava a jogar mal...- e fazendo entrar J.Moutinho, o técnico portista disse ao que ia. O pequeno grande jogador, que ainda não tinha aparecido ao nível da temporada anterior, entrou muito bem, começou a "pegar" mais à frente, arrastou com ele Defour, Belluschi e a equipa, para uma exibição de grande qualidade, com períodos de grande fulgor, empolgamento e galvanização, que entusiasmaram os mais de 36 mil espectadores que se deslocaram ao Dragão.
Como corolário e naturalmente, o golo apareceu e por quem tinha feito por isso, o inspirado nº 8 do F.C.Porto. A ganhar a equipa não baixou, nem o ritmo, nem a qualidade e numa jogada belíssima que meteu toque de calcanhar de Hulk, James fez o 2-0 e sentenciou o jogo. A perder por dois golos de diferença e sem nada a perder, o Setúbal reagiu, incomodou por duas vezes Helton, mas o capitão portista evitou a alteração do resultado com duas belas defesas. O terceiro, por F.Belluschi, deu outro colorido a um marcador, que, mesmo assim, ficou aquém do que a equipa campeã nacional merecia.
Resumindo: uma bela noite de futebol e uma exibição que convenceu o mais exigente dos adeptos. Estamos no caminho certo, temos qualidade e quantidade para mais uma época à altura dos pergaminhos do melhor clube português.

Notas finais:
Moutinho foi grande, mas não foi o único. Houve vários, mas apenas vou abrir outra excepção e referir outro que me encheu as medidas: S.Defour.
Quem joga pela primeira vez a titular e perante a exigente plateia do mais belo estádio do mundo, mostra tanto à vontade e qualidade, como se estivesse no F.C.Porto há muitos anos, só pode ser um grande jogador e uma grande aquisição.

Pela negativa, tenho pena, mas só pode ser Maicon. As razões remeto-os para o post de há dias atrás... Mas também esperava mais de Kléber... 


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