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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Na ressaca de uma derrota que tem algo de injusta - o empate seria um resultado mais de acordo com o desenrolar da partida...  - e da tristeza de ver Danilo lesionar-se com alguma gravidade, cá estou de novo a postar. Dragão que é Dragão e não é rato de esgoto, alma penada, ou portista de vitórias, não se esconde, dá a cara e parte para outra.

Em primeiro para falar de Danilo. 
Depois de uma difícil, complicada e talvez por isso, caríssima transferência; de 6 meses de espera para o ver jogar; e do atraso do certificado que adiou a sua estreia; quando o jovem e talentoso internacional brasileiro começava a jogar e a mostrar todo o seu enorme potencial, capacidades que tanto têm entusiasmado os portistas, uma lesão, felizmente menos grave do que inicialmente se pensou, vai afastá-lo por algumas semanas dos campos, atrasar o seu processo de integração plena, obrigar a adaptações. Paciência, não vale a pena ficar a chorar sobre o leite derramado, não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera. Agora é olhar para a frente, esperar que Danilo recupere bem e depois, com a naturalidade dos craques, voltará e ocupará o seu espaço - com a sua capacidade de sacrifício e a competência do departamento clínico do F.C.Porto, acredito que teremos, mais coisa menos coisa, dentro de 4 ou 5 semanas, o nº 2 de regresso à equipa.

Vítor Pereira.
Quando se perde, no F.C.Porto, clube que só com muitas razões se desculpa com os árbitros, a culpa é quase sempre do treinador. Então, no caso de Vítor Pereira, só falta culparem-no porque está frio e não tem chovido. Ontem, a equipa que entrou a jogar, se não a 100% - para mim foi a melhor que podia descer ao relvado do Dragão e era a equipa que dei como provável (isto é, a equipa que para mim devia jogar de início), no post de antevisão do jogo -, era a que a esmagadora maioria dos portistas escolheria se estivessem no lugar de Vítor Pereira. Na primeira-parte, tirando algumas desconcentrações defensivas e também, porque os ingleses são muito bons, até podíamos ter sofrido um ou dois golos, fomos melhores, dominamos, controlamos, a equipa esteve bem organizada tacticamente, marcou e justificou a vantagem ao intervalo, apesar do contratempo que foi a lesão de Danilo.
Se quase tudo estava bem, estavamos a cumprir o que estava previsto, não havia razões para mudar e Vítor Pereira não mudou. Fez bem. Mas como o F.C.Porto não joga sozinho e do outro lado estava uma grande equipa, só por acaso, líder isolada do campeonato inglês e que tem fortes argumentos, natural que o City tenha melhorado, compreendido melhor como travar o F.C.Porto, crescesse na partida e as dificuldades aumentassem para o F.C.Porto. Estavam os ingleses a ser superiores, mas sem que a equipa portista alguma vez estivesse a ser sufocada, esmagada, em perigo iminente, nada disso. Devia o treinador portista ter mexido, como por exemplo, diz Rui Moreira, quando Mancini mexeu? Dizer que devia ter mexido, é fácil, mas mexer onde? Quem devia sair e quem devia entrar? Hulk, que estava mal e piorou, curiosamente, quando passou para o lugar em que todos o reclamam? Abusou o Incrível dos toques de calcanhar, que não levam a nada? É verdade e isso irritou toda a gente, mas daí até falar em falta de liderança, vai uma grande distância. Não fazia o mesmo Hulk na época passada? Fazia, mas como os resultados eram bons ninguém falava em falta de liderança. James que mais uma vez pouco apareceu? Varela que fez uma excelente primeira-parte e na segunda, não estando tão bem, não estava pior que os outros? Alguém e quem do meio-campo? Era na defesa que devia sair alguém? Se pensar-nos na forma como sofremos os golos, se calhar era atrás que Vítor Pereira devia ter mudado, porque não foi culpa do técnico do F.C.Porto que Helton andou aos papéis no 1º golo, a defesa no e foi assim que o Manchester City construiu a vitória. Depois, Mancini tinha no banco, Aguero, Kolarov, Zabaleta, Pizarro, Dzeko, Savic, querem comparar com os suplentes do Porto? Eles têm melhor plantel e melhor equipa, mas ganharam como podiam ter empatado e até perdido, num jogo equilibrado. Para além do que já referi, também não concordo que na segunda-parte, o F.C.Porto quebrou fisicamente. Não, para mim o problema não é físico, mas de ritmo de jogo. O "citizens" têm mais ritmo, estão habituados, semanalmente, a ritmos mais altos e daí aguentam mais tempos a ritmos elevados que o F.C.Porto ou qualquer outra equipa portuguesa. Estamos fora da Liga Europa? Não, mas estamos com muitas poucas hipóteses. Ponto final no Porto - Manchester City.
Falar é fácil, criticar também, argumentar com factos, já é mais difícil, mas como de treinador todos temos um pouco...
Quem quiser desistir, dizer que vamos perder tudo, que está à espero de mais descalabros, como Coimbra e Barcelos, os vermelhos é que são bons, não temos hipóteses de lhes ganhar, etc. e tal, pode fazê-lo, não tenho nada com isso, mas longe daqui. OK?

Lucho González:
«Ficará demonstrado que este grupo é forte animicamente».
Espero e acredito que sim e quero ver isso já no domingo.

O freteiro Delgado, como dá jeito ao seu clube o Benfica/Porto ser a uma sexta-feira, depois de vários compromissos com as selecções e mais de uma dezena de jogadores portistas estarem fora na semana do clássico, vem dizer que é uma polémica estéril e o F.C.Porto está a antecipar desculpas no caso das coisas correrem mal.
- Estás muito convencido, ó freteiro, mas tem calma, podes ter uma desagradável surpresa e depois, lá vem o problema com a úlcera e a comichão no calo.

Expliquem-me como se eu fosse muito burro: então o Vitória de Guimarães não tem problemas de dinheiro e vários meses de salários em atraso? Tem. E então aceitou jogar com o clube do regime na segunda-feira, dia de semana, quando podia ter jogado no domingo.

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