sábado, 7 de abril de 2012
Grande ambiente, maior enchente da época no Axa, F.C.Porto com a esperada alteração de Defour no lugar do lesionado Fernando e a inesperada entrada de Kléber para o lugar de Janko, mantendo o técnico portista o 4X3X3. Foi uma primeira-parte equilibrada, domínios alternados, mais e melhores situações de perigo do F.C.Porto, Quim muito bem e Benquerença muito mal, sempre a apitar contra o Campeão.
Tudo somado, empate que se ajusta ao desenrolar da partida. Braga dentro do que se esperava, faltou ao F.C.Porto melhor definição nas jogadas de ataque, quando em superioridade numérica, não escolheu as melhores opções para finalizar. Dois amarelos, Sapunaru e Defour e se ao belga o amarelo foi bem mostrado, o do romeno foi um manifesto exagero do árbitro. Jogadas iguais e ao contrário, Benquerença, não teve o mesmo critério.
Na segunda-parte Vítor Pereira tirou um inofensivo Kléber e fez entrar Varela, passando Hulk a jogar pelo meio e o F.C.Porto a jogar com aquela que, para mim, devia ser a equipa inicial. O Drogba da Caparica não entrou bem e logo numa das primeiras intervenções, perdeu a bola em zona perigosa e só não teve consequências para o conjunto de Vítor Pereira, porque Hugo Viana falhou, quando estava sozinho frente a Helton. Mas Varela rapidamente melhorou e com ele o F.C.Porto ganhou capacidade de ter mais bola, de ter alguém, para com Alvaro Pereira, esticar mais o jogo pela esquerda, criar desequilíbrios, dar mais trabalho a Miguel Lopes. Numa dessas jogadas o Palito só foi travado em falta, já no limite da área e quando ia ficar isolado. Se do livre nada resultou, passados cerca de 4 minutos, uma rápida recuperação de bola, James mete em Hulk e o Incrível, sobre o lado direito e com o seu pior pé, abriu o activo. Após o golo houve uma ligeira reacção da equipa minhota, Alvaro levou o amarelo e foi substituído - Lamentável a sua reacção quando chegou ao banco. Tinha amarelo, estava a dar espaço e a recuperar mal, o que queria o Palito? -, mas o F.C.Porto estava confortável, dominava, trocava bem a bola, ia aproveitando bem os espaços, apenas faltou mais rapidez nas saídas para o contra-ataque e melhor discernimento na hora de decidir. Com a diferença mínima e como não fomos capazes de matar o jogo, nunca tivemos a tranquilidade que merecíamos e se nunca corremos muitos riscos, também tivemos que sofrer até ao fim, sem necessidade.
Resumindo:
Vitória justa e indiscutível do F.C.Porto, que se apresentou na "Pedreira" com o espírito certo, a lição muito bem estudada - Mossóro e Hugo Viana, por exemplo, não "jogaram"- e a mostrar que queria ganhar. Se mantivermos este carácter, se todos quiserem, se não houver comportamentos de primas-donas, o Bicampeonato pode ser uma realidade.
Uma palavra para Defour, que fez esquecer Fernando e a mostrar que jogando mais vezes, ganhando confiança, pode ser um bom substituto do Polvo.
Outra para Alex Sandro, também cumpriu, que não merecia aquela atitude do Palito que também o atingiu.
Notas finais:
Com esta vitória e o Braga a 5 pontos, a Champions está quase, mas como para o F.C.Porto o segundo lugar, é o primeiro dos últimos, estamos no rumo correcto para o grande objectivo da época, a conquista do título. Fizemos a nossa obrigação, ao fazê-lo colocamos a pressão do lado de lá e agora vamos assistir, de palanque, ao Sporting/Benfica.
Se nos primeiros 45 minutos, Benquerença não esteve bem, nada há a apontar nos segundos...
Desejo a todos uma Santa Páscoa
Resumo mais alargado, aqui