quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Quando li este artigo, onde, resumidamente, se diz que as saídas de Fernando e Moutinho seriam mais perniciosas que a saída de Hulk, não pude deixar de rir e considerar essa teoria um puro delírio. Gosto de Fernando e já o elogiei, aqui, já mereceu destaque aqui, mas se o Polvo é um excelente trinco e o jogador ideal para o 4x3x3 - Fernando, num sistema de dois médios lado a lado, já não funciona tão bem e não é o jogador ideal... -, perdê-lo não seria um problema grave, muito menos um drama. Um solução, seria Defour a 6. Com o belga perderíamos a capacidade de cobrir toda a largura do campo, poder de choque, teríamos problemas no triângulo, trinco/centrais, mas ganharíamos mais qualidade de passe, melhor leitura de jogo, alguém mais vocacionado para chegar à zona de finalização e mais capacidade de remate.
Outra solução seria o duplo pivot - acho que Vítor Pereira gosta desta solução... Claro que é sempre preciso tempo, mas com mais ou menos dificuldades, resolveríamos: Moutinho/Defour; Moutinho/Lucho; Lucho/Defour e ainda a possibilidade de Danilo - Miguel Lopes está muito bem e pode, em caso de necessidade, libertar o brasileiro para o meio-campo -, ao lado de qualquer um dos citados. Sem Moutinho e todos sabem o que eu penso do médio internacional português, ver aqui, por exemplo, também não seria um drama, embora, se no caso da saída de Fernando, não precisaríamos de ir ao mercado, no caso da saída de João, já não penso o mesmo. Teríamos de ir e o jogador teria de ter características semelhantes. Se saírem os dois, aí... o cenário já começaria a preocupar. Mas a saída de Hulk seria a grande perda. Hulk carrega a equipa às costas, faz a diferença, assiste, decide, marca muitos golos, é muito mais difícil de substituir. Ou arranjaríamos alguém parecido ou, digo eu, teríamos de mudar o sistema e passara jogar em 4x4x2, com a vinda de alguém que jogue mais por dentro e não das alas para dentro. Isto tudo apesar do Incrível muitas vezes se esquecer de defender, ser tacticamente indisciplinado, individualista, demasiado irreverente a jogar. Esse é o preço que temos de pagar para ter jogadores desse calibre. Só táctica não dá!
O post é apenas uma análise sobre uma teoria que acho peregrina, não é porque há esta ou aquela possibilidade, este vai sair ou aquele vai ficar, não é porque esteja à espera que isso aconteça. Para além disso, é apenas a minha opinião...
Notas finais:
Hoje recebi dois e-mail's curiosos do José Manuel Conceição... Um dizia o seguinte: «Se os adeptos conhecessem a missa pela metade, alguns ídolos rapidamente cairiam abaixo do pedestal.»
Estás a pensar em quem, Zé?
O outro: «Faltam 15 dias para fechar o mercado. Arrumar a casa, transferindo, bem, quem for de transferir, de maneira que possamos encarar o futuro com tranquilidade, em tempos de crise profunda; emprestar quem for para emprestar, de forma que possam regressar mais fortes e capazes de se constituírem como alternativas, como é o caso de C.Atsu; resolver bem os excedentes de maneira que não se tornem um peso no orçamento e um foco de instabilidade; contratar quem for preciso para colmatar saídas, no caso dos jogadores nucleares; não é tarefa fácil, mas vamos conseguir formar um plantel com a qualidade necessária para podermos lutar pelos nossos objectivos»
Completamente de acordo, Zé, nos dias de hoje, é tarefa dificílima, mas se fosse fácil...íamos para lá nós, não era?
O último: «Vila, sabes quem a RR, Bola-Branca, foi ouvir para falar do caso Luisão? O Pragal Colaço! Não achas o máximo?»
Acho, acho, mas ele não fez apelos às armas, pois não?
Tabarez, ver aqui, diz que Alvaro Pereira será jogador do Nápoles. Será verdade ou será que Alvaro anda a enganar o seleccionador uruguaio, que é como quem diz, anda a por-lhe os palitos?