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quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Duas notas de abertura:
Porque gosto muito de Givanildo Vieira de Souza, Hulk, fico muito contente e partilho da sua alegria, pelo regresso da sua irmã a casa, sã e salva.
Também fiquei muito contente pela reeleição de B.Obama...

A qualificação, brilhante, do F.C.Porto para os oitavos-de-final da prova mais importante da UEFA e a duas jornadas do fim, significa apenas o regresso do Dragão ao seu lugar habitual. Somos uns privilegiados: nos últimos e já longos anos, raramente ficamos fora da Champions e são excepções à regra, as poucas vezes que não chegamos aos oitavos-de-final, pelo menos. O que mudou da época passada, em que ficamos pelo caminho, para esta?
Se verificarmos o plantel de 2011/2012 e por esta altura, tínhamos os seguintes jogadores:
Guarda-redes: Helton Bracali e Kadú;
Defesas: Fucile, Sapunaru, Rolando, Otamendi, Mangala, Maicon, Alvaro Pereira e Alex Sandro;
Médios: Fernando, Defour, Moutinho, Belluschi, Guarín e Souza;
Avançados: Kléber, Walter, Hulk, James, Varela, Iturbe, C.Rodríguez e Djalma.

E comparamos com o desta época:
Guarda-redes: Helton, Fabiano e Kadú;
Defesas: Danilo, Rolando, Otamendi, Mangala, Maicon, Quiñones e Alex Sandro;
Médios: Fernando, Defour, Moutinho, Lucho e Castro;
Avançados: Kléber, Jackson, James, Varela, Iturbe, Kelvin e Atsu;
Concluiremos, sem grande esforço, que o da época anterior, era mais completo, mais experiente, tinha mais soluções e tinha, principalmente, Hulk - dou de barato Guarín, Alvaro e Belluschi.
Sendo assim e como treinador é o mesmo, o que mudou?

Mudou Vítor Pereira, naturalmente. Está mais pró-activo, mais confiante, mais audaz, com um discurso mais afirmativo, que de futebol percebe ele e como profissional é exemplar, agora como na época passada. Espero que Vítor Pereira não se deixe embalar pelo canto de certas sereias, algumas que só querem ver o F.C.Porto perder e que de repente, descobriram tantas virtudes que eu, insuspeito no apoio ao Mister, ainda não captei. Mudar de opinião é salutar, desde que o sentimento seja genuíno e eu desconfio da boa-fé de alguns Vítor Pereiristas de última hora.

Mudou a atitude e a mentalidade do plantel. Temos um grupo cheio de juventude que pode ainda não ter a qualidade e a experiência de alguns que saíram, mas tem vontade, humildade, gosta de cá estar - prefiro alguém menos capacitado, mas que queira muito, que uma prima dona que não queira nada. Há e  penso que isso ninguém discute, um grupo mais unido, amigo, solidário. Esse facto deve-se, não na totalidade, claro, há mais gente envolvida nessa alteração de comportamentos, mas em grande parte, a Lucho González. Não chegou este ano, mas este ano nota-se mais o papel de Lucho, um CAPITÃO marcante, na mesma linha de um João Pinto ou Jorge Costa, para falar apenas nos menos antigos. Lucho que não é portista desde pequenino e que por isso, ajuda a desmistificar o mito dos plantéis com muitos ou poucos portugueses. Sejam eles bons profissionais, estejam com vontade e respeitem a camisola, para mim podem ser originários de qualquer país...

Também mudou o ponta-de-lança e como isso tem sido importante! É óbvio que Jackson acrescenta muito à equipa e com ele passamos a ter uma referência que Kléber nunca foi.

Finalmente, o que não mudou e isso é a marca do Dragão, o que nos distingue dos outros, foi a força de quem manda, da famosa estrutura, que não sendo perfeita, é e de longe, a mais capaz, profissional e competente.

Nota final:
Somos e ainda bem, desde que sem megalomanias, uns eternos insatisfeitos e por isso não nos contentamos, não fazemos festa, nem embandeiramos em arco, com normalidades. Mas constatamos com satisfação que estamos no bom caminho. Pés no chão, humildade e espírito do Dragão, como lema, para mais tarde festejar. Espero, esperamos todos, que a frase de Obama, o melhor está para vir, se aplique ao F.C.Porto, lá mais para a frente.

Porque faz dois anos que o Benfica levou 5-0 no Dragão sem saudosismos, mas sabe sempre bem recordar 

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