Populares Mês

domingo, 11 de novembro de 2012


Duas surpresas esperavam os 31.910 espectadores que se deslocaram no princípio da noite ao Dragão - hora boa, tempo bom, ainda assim, menos público do que eu esperava... Não houve a habitual revista às tropas por parte dos stewards - parece que só as claques tiveram esse "privilégio" - e estreou-se nos painéis de publicidade electrónica o novo patrocinador, o Banco de Minas Gerias, BMG.
E vamos ao jogo que teve duas partes bem distintas... Depois de 45 minutos iniciais de complicador ligado, pouca inspiração, muitos passes e opções erradas, que deram um nulo, justo, ao intervalo, embora as únicas oportunidades de golo tenham pertencido ao F.C.Porto, os segundos 45 minutos foram diferentes, bem diferentes e para muito melhor, por parte do bi-campeão. Importa referir, antes de passar ao melhor período da equipa azul e branca, que se houve pouco Porto na primeira-parte, foi porque a Académica esteve bem organizada, forte e rigorosa na marcação, cumprindo à risca a estratégia do seu treinador.

Mantendo o mesmo onze, mas vindo com outra atitude e determinação, o F.C.Porto entrou forte à procura da vantagem. Mais rápido com bola e sobre a bola, circulando e passando melhor, a equipa de Vítor Pereira, com naturalidade e numa bela jogada que James concluiu da melhor maneira, chegou à vantagem. O mais difícil estava conseguido. A vencer e ao contrário do que acontece às vezes, a equipa portista manteve o ritmo, a pressão e a qualidade, foi tricotando algumas belas jogadas e com justiça, num grande golo de João Moutinho, aumentou para 2-0. Com um resultado que dava algum conforto, até porque dominava e controlava o jogo - a Académica raramente chegou à baliza de Helton...-, parecia que tudo estava decidido, até porque o 3-0 esteve mais perto do que o 2-1.

Mas e esse é um dos encantos do futebol, contra a corrente de jogo, numa dupla falha de Lucho e numa má abordagem ao lance por parte do guarda-redes do F.C.Porto, que me pareceu desatento, a equipa de Coimbra reduziu e colocou alguma emoção do estádio e pressão sobre o conjunto azul e branco. Embora, é bom dizê-lo, sem nunca criar grande perigo, sem nunca colocar Helton em grandes dificuldades.
Tudo somado, vitória justo, indiscutível, mas com um resultado enganador, do F.C.Porto que não foi capaz de repetir o brilhantismo do jogo frente ao Marítimo.

Cumprimos a nossa obrigação, continuamos na liderança e isso é o mais importante, no final de uma semana muito positiva para o Dragão, com uma desgastante viagem a Kiev pelo meio. Agora mais uma debandada para as selecções e a seguir uma deslocação bem difícil à Choupana para a Taça de Portugal. Cá estaremos confiantes, moralizados e espero, com mais alternativas à disposição do treinador.

Notas finais:
James e Moutinho marcaram e na segunda-parte estiveram muito bem, mas, mesmo sem marcar, no conjunto dos 90 minutos, pelo que trabalhou e jogou, Jakson foi, para mim, o melhor.

O relvado continua em mau estado...
Artigo de Paulo Futre

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset