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sábado, 2 de março de 2013


Ter 64/36% em posse de bola; 19/6 em remates; 51/24 em ataques; nem sei quantos cantos mais; é preciso marcar e para marcar, tem de haver clarividência, contundência, principalmente, qualidade no último passe, no passe que vai criar condições para golo. Se por cima, ainda se juntar ansiedade; as normais dificuldades de jogar contra equipas muito fechadas; e os que normalmente desequilibram, terem estado ausentes de Alvalade, está explicado por não ganhamos um jogo, em que fomos claramente melhores 95% do tempo. Pior, ouvimos técnicos, jogadores do adversário, com conivência de algumas perguntas, de quem viu outro jogo, dizerem que podiam ter ganho.
O que fez o Sporting, exceptuando os últimos 5 minutos finais da primeira-parte e poucos mais, na etapa complementar, Sr.Professor Jesualdo? Eu digo-lhe: jogou à defesa, como jogam as equipas pequenas, todos atrás da linha da bola e Wolfswinkel na frente a correr atrás de chutões. É verdade que podiam ter marcado em duas ocasiões, mas isso foi apenas fruto de, na parte final dos 45 minutos iniciais, alguma descompressão e desconcentração do F.C.Porto e na parte final do jogo, da forma ansiosa, pouco organizada e em desespero, da equipa de Vítor Pereira. Tirando isso, o que fez o Sporting? Nada de nada. O F.C.Porto foi dominador e muito melhor. Tão nervosinho, porquê, Sr.Professor? A questão do infiltrado mexeu assim tanto consigo?

Perdemos dois pontos, veremos amanhã se também perdemos a liderança. Perdemos uma batalha, não perdemos a guerra. Mas para continuarmos a lutar pelo tri, não podemos nos futuros jogos, todos frente a equipas que vão jogar como jogou o Sporting hoje, cometer os mesmos erros. Temos de ser mais rápidos, mais imaginativos, ter mais contundência e mais qualidade nos momentos decisivos, nos momentos em que é preciso meter a bola lá dentro. Depois, também é preciso que os princípes do nada caiam na real, banhem-se em humildade, regressem à Terra, deixem de jogar como grandes estrelas que ainda não são.
Não faltará quem justifique o empate com a falta de Moutinho. Não irei por aí. Jogamos com Moutinho frente ao Olhanense, também não ganhamos e era um jogo mais fácil de ganhar. As razões são as apontadas hoje e que já tinham sido motivo de análise reflectiva no post: porquê tanto domínio e tão poucos golos?

Perdemos dois pontos e o portismo de vitórias, aquele que está sempre à espera de um mau resultado para sair da toca e que apenas tinha feito uma retirada estratégica, já apareceu em força. Coitados, não têm hipótese, mas ainda perdem tempo.
Ninguém fica mais triste do que eu, mas como não embandeiro em arco nas vitórias, por maiores que elas sejam, nem dramatizo demasiado os maus resultados... Vamos Porto, só dependemos de nós!

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