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domingo, 3 de março de 2013


Vou-me repetir, mas tenho de voltar à vaca fria.
O F.C.Porto é superior e foi superior ao Sporting, mesmo não jogando bem, foi melhor, dominou em todos os itens do jogo, a equipa de Jesualdo foi o que se esperava e como já tinha dito num dos posts anteriores: um Sporting em 4x3x3 com bola, 4x5x1 sem ela, que até poderá entrar forte na tentativa de surpreender, mas rapidamente passará a correr poucos riscos, a dar a iniciativa e a ficar na expectativa. Será uma surpresa, se no sábado não aparecer um Sporting com linhas recuadas, todos, com excepção de R.van Wolfswinkel, atrás da linha da bola, para depois sair no contra-ataque, as famosas transições de Jesualdo. Mas como também não me canso de repetir, este Porto tem dificuldades frente a equipas de tracção à rectaguarda e se não marca cedo as coisas complicam-se. Porquê? Por razões que são conhecidas: falta qualidade no último passe, o passe de rotura, quase nunca é feito para o sítio certo, é difícil ao jogador que vai para o espaço vazio, receber a bola nas condições ideais. Se a isto juntarmos, pouca profundidade pelas alas e principalmente, poder de fogo desde trás, o melhor antídoto contra defesas cerradas, está tudo dito. Ontem e é uma constante, libertamos muitas vezes alguém e por várias vezes tivemos jogadores com bola controlada, sem oposição junto à área, para rematarem. Lá rematar, remataram, mas sempre para muito longe da baliza. Assim fica difícil e ou resolvemos este problema, ou vamos ter dificuldades, já que até ao fim do campeonato todas as equipas que vamos defrontar vão jogar da mesma forma.
Se, salvaguardando as devidas proporções, somos uma espécie de Barcelona, estamos a ter os mesmos problemas que Messi e companhia, enfrentam agora.

Filhos e enteados
Cada tem a sua opinião, mas para mim há jogadores que são tratados como filhos e outros como enteados. O Varela esteve um desastre e o James devia ter entrado mais cedo? Não entendo. Foi a partir da entrada do James que o F.C.Porto começou a enrolar, a perder dinâmica, a complicar. James nunca foi um jogador rápido e com a paragem, naturalmente, ainda mais lento e preso está. Como em vez de jogar simples a um, dois toques, colocar a equipa a girar, forçava a finta e não conseguia sair dela, ontem, quando era preciso mais velocidade de execução, clarividência, criatividade, nada disso apareceu. Não é justo culpar e responsabilizar James, como também não é justo crucificar, sempre, Varela.

Espírito de claque:
Independentemente de tudo, das críticas a este e aquele, o F.C.Porto está acima de todos. O campeonato não acabou ontem e continuamos a depender apenas de nós para conseguir o título. Numa altura que vale tudo, mesmo as mais miseráveis capas de jornais, análises vergonhosas e que não têm qualquer correspondência com a realidade e que vão desde o Porto vulgar até a Jesualdo deu uma lição a Vítor Pereira, com o objectivo de perturbar, dividir, lançar a confusão, é a hora de cerrar fileiras, apoiar, numa palavra, praticar o PORTISMO. Não podemos, quando ganhamos ao Málaga, sonhar com a Champions e porque não ganhamos ao Sporting, coisa que tem acontecido frequentemente, não apenas ontem, mas nos últimos anos, colocar tudo em causa. Vamos entrar na recta final da época e só com todos a puxar para o mesmo lado podemos ter sucesso. Aqui, foi assim na época passada e em circunstâncias bem mais complicadas, vai ser assim esta época. Quem não quiser ir por este caminho, está no seu direito. Pode dizer que os outros são melhores, que os nossos jogadores já não prestam, tudo, mas longe do Dragão até à morte. Aqui prevalece o espírito de claque. Sempre presente, sempre com o F.C.Porto, nas boas e más horas. Há momentos para criticar, há momentos para apoiar. Este momento é para apoiar.

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