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sábado, 27 de abril de 2013


Ao F.C.Porto só resta fazer a sua obrigação, conquistar os 3 pontos, esperar e acreditar. Parece uma cassete, mas tem de ser, não é possível fugir disto. Esperar e acreditar que na Madeira haja um jogo limpinho, limpinho, mas verdadeiramente limpinho e não o limpinho, sujinho que se viu no domingo passado na Luz. Esperar que se assim for, o Marítimo, se tiver capacidade, tenha possibilidades de discutir o resultado. A nomeação de Manuel Mota, mais um não internacional e um árbitro que no passado fim-de-semana foi protagonista de um facto insólito - o jogo Feirense/Sporting B acabou por inferioridade numérica da equipa de Santa Maria da Feira que teve 3 jogadores expulsos -, é mais uma nomeação incompreensível, como têm sido muitas nomeações esta época. A pergunta que se coloca é: se os árbitros internacionais, os melhores, não servem para apitar o clube do regime, há algo que está mal na arbitragem portuguesa, ou não? Se o Marítimo/Benfica é designado como o jogo do título, pelo menos é isso que diz toda a comunidade vermelha, como vai para um jogo com essa carga emocional e essa responsabilidade, um árbitro inexperiente e sem tarimba para jogos destes? Os clubes não podem, nem devem, pressionar os juízes antes dos jogos, mas podem e devem, procurar explicações para estas aberrações de Vítor Pereira, depois dos jogos, mesmo que já não haja nada a fazer. Entretanto e porque não nos podemos distrair, ao F.C.Porto espera-o um jogo de sentido único, com um ou mais autocarros para desmontar e portanto difícil. Poderemos torná-lo mais fácil, se tivermos a atitude correcta, espírito de conquista, qualidade.
Meus amigos, ontem ao ver o clube da freguesia de Benfica e perante tanta sorte, cheguei a pensar que não havia nada a fazer, uma "vaca" daquelas, é impossível de travar. Mas, afinal, eles são humanos, não têm nenhum pacto com o diabo, também perdem. Como tal, temos de manter a fé. Não dizem que a fé move montanhas?

O árbitro é Carlos Xistra, auxiliado por Nuno Pereira e Paulo Soares

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Fabiano e Helton;
Defesas, Danilo, Otamendi, Mangala, Abdoulaye e Alex Sandro;
Médios, Castro, Fernando, Moutinho, Izmaylov, Defour e Lucho;
Avançados, James, Jackson, Atsu, Liedson e Varela.

Equipa provável: Helton, Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro, Fernando, Moutinho e Lucho, James, Jackson e Atsu.

Antevisão de Vítor Pereira:
«Setúbal precisa de pontos, torna mais difícil a tarefa da sua equipa?
De certeza absoluta que vamos ter um Vitória de Setúbal a querer amealhar pontos para a sua luta, que é a permanência, é uma luta legítima, vão apresentar os seus argumentos, uma equipa que considero solidária, agressiva, que vai tentar explorar os contra-ataques, acredito que vai ser a matriz do Setúbal aqui no Dragão.

Ficou mais pessimista depois do último fim-de-semana?
Eu continuo a pensar que é possível a revalidação do título, desde que seja discutido dentro das quatro linhas, porque aquilo que vi deixou-me um bocadinho preocupado. Não consigo entender e gostava que os responsáveis da arbitragem me explicassem como é que um árbitro, o senhor João Capela, é nomeado para a final da Taça da Liga comete um erro grave do meu ponto de vista, porque assinala uma grande penalidade que não existe, um duplo erro porque expulsa um jogador do FC Porto, tem um peso claro na decisão da Taça da Liga e logo no fim-de-semana seguinte é nomeado para um jogo que tinha um peso importante na discussão do título e o árbitro é premiado. Este fim-de-semana nós e o Sporting não tivemos sorte com a arbitragem, se no próximo fim-de-semana nós e o Marítimo formos mais uma vez bafejados com a má sorte com a nomeação do árbitro para os Barreiros isso torna-se mais difícil.

Acredita que o Marítimo possa roubar pontos ao Benfica?
Acredito que seja possível se o jogo for decidido sem eses factores externos ao jogo, com uma arbitragem correcta, justa para os dois lados, porque o que eu vi do senhor João Capela, que no espaço de poucos dias alterou o seu critério na apreciação de lances de grande penalidade. Enquanto que com o Braga, em Coimbra, num lance que não é grande penalidade ele consegue ver uma grande penalidade e expulsa um jogador e passados poucos dias não consegue ver três grandes penalidades, estas existentes, todas em desfavor de uma equipa e em favor de outra. Nesta altura decisiva do campeonato espero que haja bom senso, muita reflexão, muita ponderação na nomeação dos árbitros para a decisão do título. Já agora aproveito, porque se falou disso durante toda a época, que o título do ano passado foi demérito do nosso adversário e não mérito nosso, decidido num fora-de-jogo do nosso jogador Maicon, mas eu gostava que não branqueassem uma grande penalidade clara a nosso favor, por dupla mão do Cardozo, mas continuam a falar que o campeonato foi decidido num fora de jogo do Maicon. O que eu espero é que este ano o que se passou no último fim-de-semana não seja esquecido. Se é um lance, não é assinalada uma grande penalidade, errou, não viu, agora três e mais uma que pode ser ou pode não ser, espero que se fale disto durante muito tempo.

Acha que nesta altura o FC Porto está mais forte do que o adversário na luta pelo título?
Isso é uma falsa questão, há quem goste mais de um tipo de jogo e quem goste mais de outro, normalmente gosta-se mais de quem vai à frente, disso não há dúvidas. Agora, eu não tenho dúvidas nenhumas que são equipas que têm ganho, equipas que se equiparam em termos de qualidade. Este fim-de-semana assisti a uma falta de respeito para comigo, para com a minha equipa, para com os nossos adeptos, que devem estar atentos. É neste momento que devemos ter sentimento de revolta transformado em energia positiva, é isso que eu quero ver na minha equipa, nos nossos adeptos. É agora, no momento da decisão do campeonato.

Prefere uma vitória ou uma derrota do Benfica na Liga Europa tendo em conta o jogo da Madeira?
Eu tenho de me concentrar em ganhar o campeonato, não estamos na Liga Europa. Não faço ideia se o impacto de uma derrota na Liga Europa é positivo ou negativo. Não controlo os resultados do nosso adversário, queremos ganhar os nossos jogos, num contexto, como disse o meu homólogo do Benfica, limpinho, limpinho, limpinho, só que limpinho daquela forma não me parece que o adjectivo tenha sido utlizado com propósito.

Há quem diga que este é o fim-de-semana chave na atribuição do título...
Não há muitas jornadas para disputar, mas cada jornada, tanto na luta pela manutenção, como na luta pelo título, cada vitória tem de ser conquistada com muito suor, com tranquilidade porque se não entra-se em ansiedade e fazem-se coisas precipitadas. Os jogos tornam-se mais difíceis de ganhar e é importante manter os índices de confiança fortes, transformar algum sentimento de revolta em energia positiva. A equipa que no final ganhar que o ganhe com mérito, que o ganhe nas quatro linhas e não por aquilo que rodeia o futebol.

Crê que a arbitragem é o maior adversário neste momento e ao longo desta época?
Nunca fui nem nunca serei o tipo de pessoa que sacode as responsabilidades. Gosto de ir na frente, de assumir as minhas responsabilidades, este campeonato é disputado em muitas jornadas e eu quero que estas jornadas que faltam jogar sejam decididas no jogo jogado. Sinto que nós portistas, neste momento, temos de estar atentos, unidos, porque estamos todos a defender o mesmo clube, temos de perceber este contexto que pintam um cenário negativo à volta do nosso clube e um cenário positivo à volta de outro clube. Temos de fazer a diferença, porque somos do Norte, porque estamos habituados a trabalhar até ao fim, quero a mobilização da nação portista. É possível dentro de um contexto justo em termos de arbitragem.

É a arbitragem que vai decidir quem vai ser o campeão?
Eu não quero por em causa as pessoas, ao que eu me reporto são em factos e aquilo que eu vi deixou-me preocupado. O Sporting foi infeliz, apanhou uma arbitragem infeliz e nós apanhamos por tabela. O Sporting também tem os seus objectivos, está a lutar por entrar na Europa. Preocupa-me, se o Marítimo, ou se nós nos nossos jogos, se tivermos a infelicidade de apanhar outra arbitragem como esta isso torna-se muito mais difícil.

Isso deixa o seu futuro em causa?
Desde que eu acredite no meu trabalho., quem trabalha e é competente não tem de estar preocupado. O meu futuro não fica hipotecado, eu lembro-me que já conquistei algumas coisas importantes. Como adjunto conquistei algumas coisas importantes, como treinador, na primeira possibilidade conquistei o título, duas supertaças. Melhoramos este ano, mais golos marcados, mais pontos, menos golos sofridos, mas não é isso que me preocupa, estou preocupado em defender o clube e lutar pelo título até ao fim, porque acredito em revalidar o título, o que me preocupa menos é o meu futuro.

O que achou da reacção do Kelvin à substituição no jogo da equipa B?
Desse jogo retenho três situações, o Kelvin, que é um jovem e o caminho faz-se andando e tem de aprender com os erros dele, resolve-se cá dentro. Vi também a nossa equipa B a jogar com qualidade, como já vi muitos jogos esta época, e vi também mais uma vez uma arbitragem infeliz, e já não é a primeira, nem a segunda nem a terceira, porque a nossa equipa B não tem tido sorte, o vento sopra sempre para o mesmo lado. Quero enaltecer o trabalho da nossa equipa B e dos seus responsáveis.»


Nota sobre o que disse Vítor Pereira:
Compreendo a frustração de Vítor Pereira acerca da arbitragem de João Capela, principalmente depois do que aconteceu no F.C.Porto/Braga - os critérios foram completamente diferentes e as análises também. Como compreendo que tenha falado de certas nomeações; da forma como são tratados os erros a nosso favor versus os erros a favor do clube do regime; e os apelos à atenção, unidade e mobilização dos portistas. Tenho pena que só agora e pelo treinador, o F.C.Porto tenha colocado o dedo na ferida. Devíamos ter dito o que precisava de ser dito, muito mais cedo.

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