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sábado, 14 de setembro de 2013


Mais uma boa casa no Dragão, 36.517 espectadores, mais um sinal de que o público portista está com a equipa, mas hoje, não fossem os Super-Dragões que com os seus cânticos foram animando a plateia, atendendo à qualidade da exibição portista, teria sido a debandada geral. Foi preciso muito estoicismo para aguentar uma exibição que, principalmente na segunda-parte, foi muito abaixo dos mínimos exigíveis a uma equipa Tri-campeã. Paulo Fonseca é um treinador de sorte.  Há poucos meses atrás, uma vulgaridade e uma falta de respeito pelo público que vai ao Estádio, como a que assistimos hoje, teria merecido um coro bem afinado de assobios que hoje foram apenas tímidos. E a coisa até começou bem... Fazendo duas alterações, Quintero no lugar de Lucho e Varela no de Josué, em relação à equipa que entrou de início em Felgueiras, frente ao Paços, numa gestão que se compreende - Lucho tem dificuldades em aguentar dois jogos no espaço de poucos dias e o capitão é importante para Viena; Josué viajou desde Boston e não devia estar nas melhores condições físicas -, o F.C.Porto entrou forte, dominador, com uma boa dinâmica e boa qualidade de jogo.  Assim, foi de forma natural que o conjunto azul e branco se adiantou no marcador - Varela aos 8 minutos - e tudo estava bem encaminhado para mais uma noite de bom futebol, com a exibição e a vitória a andarem de mãos dadas. Infelizmente não foi assim.
Até ao 2-0 ainda houve pequenos lampejos de bom futebol, mas depois do golo de Jackson - aos 27 minutos - e até ao fim, foi uma coisa do pior que se tem visto no Dragão e de há muitos anos a esta parte. Este jogo, pelo resultado, pela exibição e por ser em vésperas da Champions, fez despertar a campainha da minha memória, levou-me até ao F.C.Porto 2 - Estoril 0, vésperas do jogo em Málaga e onde na crónica do jogo, dizia: Málaga clarificará. Nessa altura, queria dizer que o jogo da Andaluzia diria se a pobre exibição, tão pobre como a de hoje, tinha a ver com poupança ou significava coisa pior. Sabe-se o que aconteceu na altura. Sem querer ser premonitório, depois do que vi hoje, estou preocupado para quarta-feira. Espero e desejo que, ao contrário da época passada, na capital da Áustria apareça um belo Porto. Aquela cidade, de recordações inesquecíveis, pode ser que traga de volta a inspiração que faltou  hoje à equipa portista que evoluiu no Estádio do Dragão.

Nem pensar em dar notas individuais... Não se aproveita um. Até Helton, com a excessiva calma, contribuiu para a pasmaceira e o longo bocejo em que se tornou o jogo.


Nota final para Ghilas:
- Meu caro, não desanimes, a tua hora vai chegar. Haverá um dia em que Jackson, mais que andar a arrastar-se, vai deitar-se no relvado e nessa altura, incapaz de se mexer, o colombiano sairá de maca e quem sabe, não jogarás 1 ou 2 minutos?

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