quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
A tarefa era muito complicada, primeiro tínhamos de passar por cima do Atletico e depois esperar que o Áustria travasse o Zenit. O Áustria travou e de que maneira, o Zenit com uma goleada de 4-1, o F.C.Porto não cumpriu e está fora da Champions. E está fora da principal prova da UEFA por incompetência. Ponto. Mas independentemente de continuar na Champions ou seguir para a Liga Europa, a questão também era saber que Porto hoje no Vicente Calderón? O Porto dos melhores momentos, com alma, com raça e com crença e que teve os seus ponto altos na primeira-parte frente ao adversário desta noite, no jogo do Dragão frente ao Zenit, principalmente no Dragão - quando a jogar com 10 desde os 6 minutos, se dá tudo e se perde já no fim e de forma imerecida, não há nada a dizer - e na segunda-parte do jogo de sábado com o Braga? Ou aquele Porto triste, sem chama, desconcentrado, ineficaz e a cometer erros primários, por isso incapaz de ganhar a Belenenses, Nacional ou Áustria de Viena, pior do que isso, que perdeu frente à Académica? Foi mais do mesmo, isto é, um Porto que não foi eficaz e até um penalty falhou, um Porto que oferece golos e quando se junta a tudo isso a falta de sorte, está explicado de forma simples mais uma derrota do tri-campeão português.
Entrando com Helton; Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho; Varela, Jackson e Josué e frente a um Atletico com um misto de habituais titulares e jogadores menos utilizados, a equipa do F.C.Porto entrou a jogar bem, a dominar, teve uma grande oportunidade por Jackson, bola na barra, mas logo a seguir, Maicon deixou Raul Garcia dominar, rodar e de ângulo difícil, marcar, com Helton mal batido a permitir que a bola entrasse entre ele e o poste. Um golo inacreditável, inadmíssivel numa equipa de alto nível. A ganhar sem fazer muito por isso, o Atletico que apenas tinha Diego Costa na frente, viu que lhe bastava lançar o hispano/brasileiro para colocar a defesa do F.C.Porto em sobressalto. E assim foi. Mesmo reagindo, mesmo tendo continuado a ter mais posse e voltando a ter mais uma bola na barra por Varela e uma grande penalidade, o F.C.Porto foi incapaz de marcar um golo e pior, viu o Atletico chegar ao 2-0, em mais um erro da defesa. Maicon e Mangala confiaram num fora-de-jogo que não existia, Diego contornou Helton e aumentou a vantagem. Enfim, ao intervalo, o empate já era injusto, estar a perder 2-0 é mau demais, principalmente porque e é a nossa triste sina, não marcar e oferecer golos.
Na segunda-parte voltamos a entrar bem, pressionamos mais, fomos mais rápidos e mais intensos, voltamos a dominar, voltamos a ter uma enorme percentagem de posse de bola, muitos cantos, mais uma bola no poste, mas nem um único golo. O Atletico tirou o melhor avançado, Diego Costa, veio à nossa baliza poucas vezes, mas nas vezes que veio, podia ter marcado mais golos. E não vale a pena dizer mais nada, nem falar das substituições, de quem jogou bem e de quem não jogou nada. Como disse um amigo meu e eu concordo, no final do jogo num SMS que me enviou, este é um Porto triste, enfadonho, curtinho.
Nota final:
Uma equipa que apenas conquista 1 ponto em casa, que apenas faz 5 pontos no total - não sei se é a pior pontuação de sempre...-, repito, é uma equipa que não merece mais e até se pode dar por feliz em ir para a Liga Europa. Uma equipa de anjinhos, de jogadores que erram e erram e nunca aprendem com os erros, merece o quê? Ouvi as declarações de jogadores no final do jogo e aquilo que Lucho e Fernando disseram, sobre erros, atitude, desconcentrações, é um péssimo sinal. Falarei disso nos próximos dias.
Lucho González, médio do Porto: "Temos de analisar os golos e a forma como os sofremos. Estamos tristes por ser eliminados. Há que levantar a cabeça e pensar no jogo de domingo. Se analisarmos tudo, houve muitas falhas. Quando se cometem erros nesta competição, não se merece ir em frente. Não há que buscar culpados. Tentamos de analisar e perceber onde falhámos".
Fernando, médio do Porto: "Tivemos oportunidades para marcar, mas desconcentrações atrás deitaram tudo a perder. Tivemos algum azar, mas tem de haver mais concentração para não sofrermos golos destes. Tivemos inocência. Sim, houve erros, erros da equipa. Temos de trabalhar mais para acertar."