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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013


Estive a reler os dois últimos posts e não creio ter transmitido a ideia que a saída de Lucho foi decisiva, era o capitão que estava a emperrar a máquina e com a saída dele a sombra deu lugar ao sol. Mas se transpareceu foi porque não fui capaz de me explicar bem. Essa análise não corresponde ao meu pensamento, seria uma grande injustiça para El Comandante e importa por isso clarificar.
Não, não foi a saída de Lucho - como disse no post do jogo, naquela primeira-parte todos pareciam pernas de pau e na segunda craques -, foi aquilo que me pareceu uma atitude diferente, independentemente do golo logo no início da segunda-parte ter ajudado e foi, também, isso é verdade a entrada de Carlos Eduardo. Porquê? Primeiro, porque Lucho ali é mais facilmente anulável, não tem tanta bola como deveria e como a equipa não pressiona de forma organizada, El Comandante anda a correr para um lado e para outro, pressiona o central, o guarda-redes, desgasta-se, perde discernimento. Depois, porque o ex-estorilista, para mim, mexe-se melhor naquela zona do campo, aparece mais próximo do ponta-de-lança, dá mais linhas de passe, desce mais para receber, está mais próximo daquilo que a equipa precisa nessa posição. Para além disso, permite que um dos médios do duplo-pivot, aquele que tem mais vocação para se soltar, se solte, apareça também mais na frente, a equipa fique mais ligada - foi o que aconteceu no sábado e na segunda-parte, com Herrera. Portanto, Lucho é oito, toda a vida foi oito, coloquem o capitão nessa posição/função e ele mostrará que tem lugar, ainda é muito importante na equipa, é fundamental no plantel. Lucho ainda tem muito para dar ao F.C.Porto. Agora, deixando isso claro, Lucho não pode ser intocável. Não, quando estiver a jogar mal e a não dar à equipa o que ela precisa; ou estiver cansado, tem de sai como qualquer outro, para bem de todos.

Outra questão que importa clarificar é o duplo-pivot. Há tempos atrás disse e mantenho: o duplo-pivot não torna necessariamente as equipas mais defensivas. O duplo-pivot do F.C.Porto torna, porque funciona mal. Funciona mal na escolha dos jogadores - estamos em Dezembro e ainda não há um trio de meio-campo definido e assim não há rotinas; porque Fernando rende menos com alguém ao lado e não tem capacidade de passe longo, não é um rompedor... até pode fazer isso, mas não de forma natural...;  também porque ainda não foi encontrado o parceiro ideal para o "Polvo"; pela razão que referi sobre a posição de Lucho; funciona mal porque há muita gente parada a receber a bola, não há dinâmica e isso frente a equipas curtas, fechadas e que não saem muito para jogar, é um problema.

Nota final:
Portanto, concluindo e repetindo, o jogo frente ao Braga indicou o caminho que, espero, sem retorno: atitude, ousadia e coragem, sempre. A ganhar por um, nunca relaxar, desconcentrar, ir à procura do segundo. Nada de teimosias, manter os mesmos, quando há gente de fora que pode ajudar, ser alternativa, somar e não diminuir. Não pode haver intocáveis, nem medo de alterar, com receio de caras feias ou azias. Ser Porto não pode ser apenas um slogan, tem de ser uma cultura que se vai transmitindo e que apesar dos novos tempos, não se pode perder. É preciso manter a pressão.

PS 1 - Viscondes calimeros, não se querem assumir como candidatos ao título, não se assumam, mas deixem-se de apregoar grandeza e portarem-se como um clube pequeno.

- Ai Lelo!, o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado, está muito preocupado com o preço que o F.C.Porto pagou pelo Ghilas. Achas que ele é accionista da SAD portista?

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