Com a chuva a ser a grande vedeta e a carregar impiedosamente sobre o relvado do Dragão, obrigando à interrupção do jogo durante cerca de 30 minutos, ainda a segunda-parte ia no início, o F.C.Porto jogou melhor e marcou mais golos, quando o terreno estava em pior estado. A primeira-parte do conjunto de Paulo Fonseca foi mais do mesmo, um futebol lento, previsível, atabalhoado, mal jogado, tirando o golo de Quaresma, poucos mais motivos de interesse. E por falar no número 7, arrumo já a questão: foi um Quaresma com as virtudes e defeitos de sempre. O talento continua lá, a tendência para exagerar nas fintas, em escolher as piores opções para sair dos lances e a displicência com que aborda certas jogadas, também. Ainda não está fisicamente bem, espero que quando estiver, se deixe de certos números que causam algum frenesim, mas são completamente inócuos.

Na segunda-parte, em particular depois da paragem e com as entradas de Jackson e Varela para os lugares de Quaresma e Kelvin, melhoramos alguma coisa em relação aos 45 minutos iniciais. Houve mais empenho, mais clarividência, um ritmo um pouquinho mais elevado e embora nem sempre escolhendo os processos mais simples, atendendo ao estado do terreno e as habituais distracções defensivas, fizemos pela vida, marcamos mais três golos, chegamos à goleada e à liderança do grupo.

Tudo somado, vitória clara e indiscutível do F.C.Porto, mas por números que penalizam demasiado um bom Penafiel. E fica tudo para decidir na última jornada, com o F.C.Porto a receber o Marítimo e o Sporting a viajar até à cidade do clube que nos visitou hoje. Para seguirmos para as meias-finais temos de conseguir um resultado igual ao do Sporting - se os calimeros ganharem, temos de ganhar e pela mesma diferença de golos.

 Ghilas e Jackson, porque não os dois, em certos jogos? Hoje até nem correu mal... Fabiano bem novamente, não teve muito que fazer, mas quando chamado disse presente, dando o corpo ao manifesto.

Nota final:
Jorge Nuno Pinto da Costa amanhã à noite no Porto Canal, programa 45 minutos à Porto. Ora aí está, importante ouvir o que o Presidente tem para dizer nesta fase de turbulência.