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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014



Voltou o GRANDE PORTO!
Os atributos que nos guindaram até ao topo do futebol europeu, estiveram bem presentes na Arena Commerzbank. Carácter, atitude, alma e uma força anímica raramente vista esta época, que nunca nos fez baixar os braços, colocaram o F.C.Porto nos oitavos-de-final da Liga Europa, com toda a justiça e numa altura que a casa parecia desmoronar. Não desmoronou porque o F.C.Porto tem gente de uma raça e de uma transcendência que são capazes, quase sozinhos, de aguentar o barco e levá-lo a bom Porto - Mangala e Fernando, mais Danilo, Quaresma e Ghilas, foram enormes.
Não foi um Porto brilhante, ganhamos, empatando, mas hoje, independentemente do resultado, fomos um GRANDE PORTO, ninguém poderia apontar nada à equipa do F.C.Porto se o resultado fosse outro. E vamos ao jogo.

Entrando com Helton, Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro, Fernando e Herrera, Carlos Eduardo - no lugar de Josué, naquela que foi a única alteração em relação ao jogo da 1ª mão -, Quaresma, Jackson e Varela, o F.C.Porto fez 25 minutos interessantes, altura em que esteve bem organizado, equilibrado, teve largura, mais posse, circulou bem, foi melhor, mas e essa foi a grande pecha, foi quase inconsequente. E se no melhor período portista da primeira-parte, ao melhor jogo da equipa de Paulo Fonseca não corresponderam grandes jogadas de perigo - apenas uma ocasião flagrante, por Herrera -, foi porque, para além de meter pouca gente na frente, Jackson esteve completamente desastrado, desconcentrado, não aproveitou dois passes açucarados e que bem dominados, o deixariam em boa posição para marcar. Passado esse melhor período do Dragão, o Eintracht sempre mais objectivo e pragmático, foi equilibrando, subindo e contra a corrente do jogo, adiantou-se, após uma, mais uma falta de coesão defensiva, má cobertura, falta de marcação - que estava Maicon a fazer ao lado de Helton, em vez de marcar o avançado que lhe competia? - e golo. Intervalo, vantagem dos alemães, resultado injusto para o campeão português. O empate ajustava-se mais ao desenrolar dos primeiros 45 minutos.

A segunda-parte não podia ter começado pior para o conjunto de Paulo Fonseca. Depois de uma oportunidade falhada logo no primeiro ataque à baliza de Helton e ainda nos minutos iniciais, 52º, o Eintracht, mais uma vez por culpas da defesa, mal posicionada e Maicon lento a subir, chegou ao 2-0 e tudo parecia perdido.Mas como disse, esta equipa tem quem nunca se renda, quem não desista. E assim, passados apenas 5 minutos, Mangala de cabeça e após um excelente cruzamento do Quaresma, diminuiu a diferença, fez o F.C.Porto voltar ao jogo. Voltou e apesar de um ou outro lance que nos levam ao desespero, novamente pelo central francês, os dragões chegaram ao empate, obra dos seus dois melhores jogadores, desta vez foi Fernando a cruzar para Mangala empatar. Estava conseguido o mais difícil, eliminatória empatada, efeito psicológico do lado do F.C.Porto. Mas esta equipa é masoquista, sofre e faz sofrer, entrega muitas vezes o ouro ao bandido. E foi o que aconteceu. Depois de um erro clamoroso, desta vez de Carlos Eduardo, errando um passe inacreditável na saída para o ataque e que só não deu golo por milagre, os alemães voltaram à vantagem no jogo e na eliminatória, novamente por erros defensivos, desta vez foi Alex Sandro a não abordar o lance como devia. 3-2, Porto por baixo, mas apenas a um golo de ficar por cima. Acreditando que era possível, empurrada por Fernando e Mangala, ajudada por Quaresma e Danilo e já com Ghilas a jogar por ele e por Jackson - inenarrável a exibição do ponta-de-lança colombiano - , também com o contributo positivo de Licá que entrou bem para ao lugar de Varela, a equipa portista chegou ao 3-3 através do avançado argelino e conseguiu o resultado que lhe permite seguir em frente, jogar contra o Nápoles a passagem aos quartos-de-final.

Foi um jogo louco, heróico e memorável do F.C.Porto. Que a partir de agora já não haja retorno e este Porto de Frankfurt seja, definitivamente, para valer.
Já merecíamos uma alegria assim, já merecia uma alegria assim, Paulo Fonseca. Tinha dito na antevisão que esperava que este jogo e depois do tormento de domingo passado, servisse para que o treinador do F.C.Porto se soltasse, deitasse para trás das costas os medos e receios. Espero que depois de hoje nada volte  aser igual no reino do Dragão.

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