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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


Eu não sou uma coisa nem outra. Quem atravessou um deserto de 19 anos com apenas um copo de água, Taça de Portugal de 1968, não vacilou nem desistiu, não abandona e desiste agora, quando já viveu tantas e tão grandes alegrias, ao vivo e a cores, note-se, algumas para muito além do sonho. E olhem que eu sou um sonhador!

Estou triste, amargurado, pior, estranhamente conformado, o que não é nada o meu género, mas cá estou como sempre, com a mesma vontade e determinação, procurando fazer alguma coisa pelo F.C.Porto, porque devo ao F.C.Porto muitas das maiores alegrias da minha vida.
Quando se ganha muito e nós temos ganho tanto!, há sempre uma tendência para abrandar, relaxar, acomodar, acreditar que para quem é bacalhau basta. Se fizermos uma retrospectiva dos últimos 10 anos, rapidamente concluiremos que tem sido assim. Foi assim após a Champions com Mourinho; foi assim após o tetra Co Adriaanse/Jesualdo Ferreira; foi assim nas últimas épocas e em particular, nesta. O que dizem certas ratazanas fora do F.C.Porto e portistas de vitórias, passam-me ao lado, quero é verificar com a serenidade que a situação exige, o que fazer. E como para mim não é apenas o Presidente que ganha e o treinador que perde, é hora de analisar e ver o que é melhor para o futuro do F.C.Porto, a curto e médio prazo. Portanto, pergunto: vai o F.C.Porto enfrentar a batalha alemã com um treinador fragilizado, desorientado, derrotado, sem margem de manobra, incapaz de mobilizar e motivar as tropas, que só pede, tirem-me deste filme? Porquê, quando um dos problemas do actual treinador portista foi nunca ser capaz de um golpe de asa, de ir buscar uma vitória que parecia impossível, surpreender? Se este Porto é, para além de muitas outras coisas, um Porto frágil psicologicamente, vítima de falta de liderança, de um discurso redutor, que transforma uma pulga num elefante, porque tem de ir Paulo Fonseca a Frankfurt, quando ele não quer ir? Como já disse anteriormente, um líder fraco, faz fraca forte gente. E na Alemanha temos de ser muito fortes!

Mas os problemas do F.C.Porto não se esgotam na saída do treinador, não, vão muito para além disso. E aqui, a questão que se coloca é simples: que Porto no futuro? Um Porto guerreiro, valente, capaz de ir à luta, seja contra quem for, ou um Porto mudo e quedo, onde são permitidos todos os ataques, mesmos os mais soezes? Um Porto mais próximo dos adeptos, esclarecendo e não permitindo que a boataria persista, ou um Porto que permite a fragilização constante de quem o serve, seja no clube ou na SAD? Um Porto que permite que passem uma imagem de clube à beira de um ataque de nervos, com guerras sucessórias fraticidas, sem direccção, linha de rumo, desorientado, ou um clube capaz de clarificar, indicar o caminho do futuro, dar a tranquilidade e a serenidade necessária para que os mais nervosos não pensem que vem aí o abismo e os outros sintam o fogo do Dragão?

Resumindo, espero que tudo o que se está a passar e que no limite nos pode levar a uma época quase totalmente perdida, seja aproveitado para definir o rumo, clarificar tudo, este passo atrás signifique dois à frente no futuro.
Como sempre tem a palavra Jorge Nuno Pinto da Costa. É ao Presidente quem compete dizer e fazer o precisa ser dito e feito. Qual vai ser e o que esperar do F.C.Porto no futuro que é já amanhã? Porque Pinto da Costa quando sair, merece sair pela porta grande.


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