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domingo, 27 de abril de 2014


Se fizermos uma reprospectiva da época do F.C.Porto, facilmente constaremos que o jogo de hoje foi o espelho desta temporada. Neste jogo, tal como na grande maioria dos jogos, a equipa do F.C.Porto tão depressa fez coisas boas, como logo de seguida fez asneira da grossa. Uma equipa que no melhor período, a primeira-parte - contra o Rio Ave foi a segunda. A irregularidade marcou a época, raramente conseguimos 90 minutos sem ser aos altos e baixos -, até fez coisas bonitas e apenas falhou na concretização. Tivesse Jackson aproveitado uma de várias oportunidades cantadas que teve e o F.C.Porto teria chegado ao intervalo em vantagem que justificava plenamente. Não aproveitou e o domínio e a superioridade do conjunto de Luís Castro que já era notória quando o Benfica tinha onze, mas que se acentuou quando a equipa de Jesus ficou reduzida a dez, foram inconsequentes.

Na segunda-parte, quando se esperava um Porto a manter o ritmo e a mesma dinâmica, um Porto contundente e menos perdulário, nada disso aconteceu. Foi um Porto lento, complicativo, sem alma, sem chama, sem uma ponta de génio e de criatividade, foi um Porto incapaz de desmontar a teia defensiva do Benfica - não me lembro de uma oportunidade flagrante, uma defesa difícil de Oblak. Uma sombra do que tinha feito nos 45 minutos iniciais. E não há muito mais a dizer. Quando se joga mais de uma hora contra dez e tal como tinha acontecido na segunda-mão da Taça de Portugal, não se consegue ganhar, não vale a pena arranjar muitos argumentos: foi culpa nossa, pura incompetência. Ao Benfica só foi preciso manter a organização e coesão defensiva.

Notas finais:
Não consigo perceber como tendo o Benfica dez homens e apenas um pinheiro, Cardozo, na frente e que não fazia mal a uma mosca; e tendo o F.C.Porto dois centrais que não sabem sair a jogar, não são capazes de criar desequilíbrios, porque ficaram até ao fim Mangala e Maicon? Para se marcarem um ao outro? Para lateralizarem uma, duas, três, quatro... vezes? E quando saiu Quaresma e entrou Ghilas, o argelino foi colocar-se na ala-direita?! Seria uma injustiça culpar Luís Castro pelo que aconteceu nesta parte final da temporada... Mas tal como aconteceu na Luz, esperava  dele mais rasgo, mais coragem. Estou farto de dizer: prefiro cair sabendo que fizemos tudo para continuar de pé, do que cair e ficar com a sensação que não fizemos nada

Mas este jogo também foi o espelho da época na forma como fomos tratados pelos árbitros. Não e um rotundo não, não foi por culpa de Marco Ferreira que o F.C.Porto hoje não ganhou, isso está claro. Mas dar apenas três minutos de desconto, numa segunda-parte que teve tantas interrupções e um guarda-redes sempre a queimar tempo, idem para os lançamentos de linha lateral, é uma provocação.

Sem mais nada para ganhar ou perder, espera-se que quem de direito, diga alguma coisa sobre esta pobre época do F.C.Porto. Uma época, é preciso repeti-lo sempre, para lembrar e nunca mais repetir.

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