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domingo, 27 de julho de 2014


Depois da memorável festa de homenagem a Deco, todos os caminhos voltam a ir dar ao Dragão. Não estive na sexta, hoje não falto. É sempre um dia diferente, um dia para rever e matar saudades dos amigos, ver a festa de apresentação dos jogadores - sempre na expectativa de quem se apresenta e quem não se apresenta, se há novidades de última hora, mesmo que agora com as novas tecnologias, fique muito mais difícil o efeito surpresa. Ainda assim, Josè Angel já estará? E Andrés Fernández? E Iván Marcano? E Helton, depois daquela tirada no Instagram, ainda vai continuar? O mesmo para Defour ou Silvestre Varela, será que ainda continuarão de azul e branco? E Benjamim Stambouli, médio do Montpellier é apenas mais um nome, desta vez lançado no L'Equipe, mesmo que o jornal francês não seja muito de especulações? - e ver o joguinho nas calmas. Há um enorme entusiasmo, uma grande confiança, optimismo, mas é bom que não haja euforia excessiva, nem arrogância.


F.C.Porto 0 - Saint- Étienne 0. A festa foi bonita, mas a exibição nem por isso
Grande enchente, grande ambiente, festa bonita, mas sem surpresas e com pouco Porto.
A primeira-parte, sem as contratações mais sonantes, com Fabiano na baliza, Danilo à direita e Alex na esquerda, Maicon e Reyes como centrais, Rúben Neves na posição 6, Óliver e Herrera a completarem o trio do meio-campo e com Quaresma na direita, Ricardo na esquerda e Sami no meio, sem ser famosa, teve dinâmica, um ritmo razoável, organização, mostrou já alguma afinação, coisas interessantes. Sem ser capaz de asfixiar o adversário, houve pressão; a equipa soube sempre encontrar a melhor forma de sair a jogar e circular quando os franceses pressionavam; houve largura; e com Óliver como placa giratória, houve algumas jogadas bonitas. De negativo nos primeiros 45 minutos, alguns erros de colocação de Rúben, naturais num menino de 17 anos, que permitiram algumas entradas pela zona central e que podiam ter causado dano; algumas perdas de bola em fase de transição e que apanhavam a equipa descompensada; pouca acutilância no ataque.
Ao intervalo o resultado ajustava-se, um golo para cada lado justificava-se.

Na segunda-parte, com as saídas de Rúben, Herrera, Quaresma, Sami e Ricardo, para as entradas de Casemiro, Brahimi, Quintero, Tello e Ádrian, houve menos entrosamento, menos ritmo, a equipa ficou mais desorganizada, mais partida e se Brahimi entrou mal, mas rapidamente se encontrou, Casemiro e principalmente Tello e Ádrian, nunca foram capazes de dar seguimento às jogadas, complicaram, perderam-se em campo, sobrando uma ou outra iniciativa de Quintero para que o F.C.Porto conseguisse perturbar a baliza dos verdes que viajaram de França. Nesse período o Saint-Étienne foi melhor, criou mais perigo, podia ter marcado, valeu Fabiano para que o F.C.Porto aguentasse um nulo que não merecia. Ainda viriam a entrar Carlos Eduardo e Kelvin, mas nada de especial das suas prestções há para destacar.

A expectativa era grande, mas saiu em parte defraudada. No entanto, foi um bom jogo para por travões na euforia desdedida, mostrar que temos gente, mas ainda é preciso trabalhar muito, há um longo caminho a percorrer até a máquina ficar afinada - se no jogo da apresentação já se assobia a equipa... imagino o que vem aí. Só voltamos a jogar no próximo domingo, até lá temos de começar a escolher um onze, procurar que os jogos em Inglaterra sirvam para dar alguns automatismos, sejam os ensaios gerais para o jogo da primeira jornada do campeonato e fundamentalmente, para o play-off da Champions League.
 
Hoje foi um dia muito atarefado, amanhã com mais calma faz-se o rescaldo do jogo e abordam-se questões que precisam ser clarificadas - porque não jogou Evandro, porque foram apresentados Helton e Defour e não foi Varela, etc.

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