domingo, 14 de setembro de 2014
Não fizemos um grande jogo, temos de ser consistentes, jogar bem todo o jogo, não podemos dar meia-hora aos adversários, como demos hoje ao Vitória, não podemos falhar golos cantados como falhamos hoje. Essas são as nossas responsabilidades nos 2 pontos perdidos, mas fizemos o suficiente para sair de Guimarães com os três pontos e a liderança isolada. Não gosto de me desculpar com erros do árbitro, mas o que é de mais é moléstia. E hoje foi de mais. Um árbitro pode errar, mas errar sempre contra a mesma equipa e de forma grosseira, não pode passar sem reparo. Este artista, está na última época a arbitrar. Espero que nunca mais nos apareça pela frente.
Uns, sem qualquer razão de queixa, entram pelo campo dentro e protestam com o árbitro. Nós, mesmo com arbitragens destas vamos ficar quietos e calados?
Na primeira-parte e antes da interrupção, o F.C.Porto jogou pouco e esteve abaixo daquilo que pode e deve fazer. A organização, principalmente no meio-campo, deixou a desejar, não houve intensidade nem pressão, como também não houve largura e profundidade. A equipa de Lopetegui esteve desligada, teve mais bola, mas não teve a dinâmica necessária para encostar o Vitória, obrigá-lo a cometer erros. Após a interrupção que durou cerca de 7 minutos, o F.C.Porto apareceu melhor, mais rápido a pensar e a executar, mais subido, ocupou melhor o campo, aproximou-se com maior perigo da baliza de Douglas, mas não marcou, nem teve grande oportunidades para o fazer - apenas Brahimi parecia ter capacidade para desequilibrar e foram dele os lances mais perigosos.
Assim e tudo somado, o nulo ao intervalo ajustava-se ao desenrolar dos acontecimentos. Vitória bem, F.C.Porto aquém do que se lhe exigia, em particular na primeira meia-hora de jogo.
Na segunda-parte e de início, o F.C.Porto entrou com o mesmo onze, mas apesar de dar ideia que os azuis e brancos estavam melhor, ainda havia qualquer coisa que emperrava. Viu e agiu Lopetegui. Tirou Rúben, meteu Evandro, a equipa subiu de rendimento, circulou e envolveu melhor, teve mais largura, mais gente a aparecer na frente, foi mais perigosa. Até que Brahimi, sempre ele, apesar aqui e ali dar a ideia de cansaço, aos 60 minutos, criou um desequilíbrio pela esquerda e junto à linha de fundo, foi derrubado. Penalty claro, que Jackson transformou e colocou o F.C.Porto na frente.
A vencer, com 30 minutos para jogar e tendo conseguido o mais difícil, pedia-se à equipa do F.C.Porto concentração, organização e depois tentar explorar bem o espaço que o conjunto de Rui Vitória, a perder, ia dar, sair bem no contra-ataque e matar o jogo. Não conseguimos matar, faltou eficácia em alguns lances - Jackson não costuma falhar oportunidades das que falhou hoje -, mas o artista de Portalegre quis ser protagonista e de uma forma vergonhosa, teve clara interferência no resultado, impediu o F.C.Porto de ganhar um jogo que, pelo que fez em particular na segunda-parte, merecia.