sábado, 29 de novembro de 2014
Após uma paragem de três semanas regressa o campeonato, com o F.C.Porto a receber no Dragão o Rio Ave. Com três pontos de atraso em relação ao líder, é importante que os pupilos de Julen Lopetegui transformem o campeonato em Championato, isto é, consigam ter na principal prova do futebol português e grande objectivo da época, a mesma consistência, regularidade e até qualidade que têm demonstrado na Champions League, fase de grupos, sem esquecer o play-off frente aos franceses do Lille - campeonato: 10 jogos, 6 vitórias e 4 empates, 19 golos marcados e 5 sofridos, média de golos marcados, 1,9, média de golos sofridos, 0,5. Na Champions, 5 jogos, 4 vitórias e 1 empate, 15 golos marcados e 3 sofridos, média de golos marcados 3, média de golos sofridos, 0,6. Não temos tempo para ter tempo, só resta ao F.C.Porto ganhar. Sabemos que não há jogos ou equipas fáceis e este Rio Ave europeu não foge à regra: o conjundo de Vila do Conde é uma equipa com bons jogadores, equilibrada, segura na defesa, bem organizada no meio-campo e rápida a sair para o ataque. Também sabemos que não será pelo facto da equipa treinada por Pedro Martins ter menos dois dias de descanso que o F.C.Porto terá mais facilidades, como ficou demonstrado no jogo do Estoril, onde a essa vantagem portista nem se notou. Portanto, como sabemos o que nos espera, vamos a eles com a força dos nossos melhores argumentos individuais, também e cada vez mais, com a força do nosso colectivo. Vamos entrar forte e impor um ritmo alto, pressionar bem, ser dinâmicos e intensos. Vamos fazer o que pede Lopetegui sempre antes de cada jogo, segundo as palavras de Óliver: estar concentrados e esforçados, ter garra e orgulho. Se formos capazes de fazer isso, mesmo que não sejamos perfeitos, deve ser suficiente para derrotar a equipa vilacondense.
O árbitro é Olegário Benquerença, auxiliado por Bertino Miranda e Luís Marcelino.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Fabiano e Andrés Fernández;
Defesas, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro e Marcano;
Médios, Rúben, Herrera, Óliver, Brahimi e Casemiro;
Avançados, Quaresma, Tello, Jackson, Aboubakar, Quintero e Adrián.
Equipa provável:
Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro, Casemiro, Herrera e Óliver, Brahimi, Jackson e Tello ou Quaresma.
Antevisão de Julen Lopetegui
Pinto da Costa à Revista Dragões, sonho de uma visita a Angola:
«No dia 23 de novembro,
às 11.00 horas, embarquei de Luanda, num voo da TAAG [Transportadora
Aérea Angolana] com destino ao Porto (a TAP, Transportes Aéreos de
Lisboa, só efetua voos para a capital). Cansado, após quatro dias de
intensa atividade, adormeci e tive um sonho lindo! Sonhei que tinha sido
recebido pelo Presidente da República de Angola e que este se referira
ao FC Porto com os maiores elogios e que tinha considerado o clube como
um dos motores de aproximação entre os povos. Sonhei que o FC Porto e o
seu presidente tinham sido obsequiados com um jantar em que estavam
alguns ministros, a confraternizar como pessoas normais. Sonhei que
assisti à posse dos corpos gerentes duma Casa do FC Porto e nela tinham
estado várias figuras do país. Sonhei que a imprensa se referia com
grande respeito e admiração ao FC Porto. Sonhei que tinha estado a ver
dois jogos de jovens do meu clube, ao lado de um presidente da República
afável e conversador. Sonhei que à nossa partida altas individualidades
se tinham ido despedir da nossa comitiva. E até sonhei que o jornal A
BOLA trouxera na primeira página uma grande foto do meu encontro com o
presidente da República de Angola. Com o aviso de que “dentro de
momentos vamos iniciar a descida para o Aeroporto Francisco Sá
Carneiro”. Acordei. Tive, então, a noção de que não era só sonho, mas
sim realidade.
O presidente da República era o engenheiro José Eduardo dos Santos. Os ministros eram o governo de Angola, os jornais eram angolanos (inclusive A BOLA). Fiquei contente porque mesmo dormindo revivi esses quatro dias fantásticos que guardarei sempre na memória e, sobretudo, no coração.
O presidente da República era o engenheiro José Eduardo dos Santos. Os ministros eram o governo de Angola, os jornais eram angolanos (inclusive A BOLA). Fiquei contente porque mesmo dormindo revivi esses quatro dias fantásticos que guardarei sempre na memória e, sobretudo, no coração.
Mas, ao pisar solo português, tive a
certeza de que tudo era passado e que aterrara num Portugal democrático
em que se detém um ex-primeiro-ministro ao aterrar no seu país, com
televisões e jornais à espera!...»