quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Nota introdutória:
Faz amanhã um ano, mesmo que tenha ido parar à Liga Europa, o Benfica devolvia o orgulho português, o F.C.Porto passava por uma tragédia europeia, mesmo que também tenha ido para a mesma prova. Este ano o F.C.Porto continua com todo o brilhantismo na Champions, o clube do regime nem à segunda prova de clubes da UEFA, vai. Adjectivar isto não é fácil, mas inspirando-me em Jorge Jesus acho que posso dizer que o clube da Luz saiu da Champions e da Europa com qualidade. E quando é assim... qual tragédia qual carapuça?
Se a nota introdutória tem apenas a ver com rivalidades e é uma forma de brincar com o mais maior, melhor, grande clube do Mundo, mas não da Europa e com o jornalismo sempre "sério" do panfleto da queimada, há coisas que nesta participação do Benfica na Champions merecem ser reflectidas a sério. Começo por dar de barato as dificuldades do Grupo do Benfica serem maiores que as enfrentadas pelo F.C.Porto no Grupo H - como os Dragões continuam na Champions e podem cruzar-se com Mónaco, Zenit ou Bayern Leverkusen... quem sabe lá para Março não poderemos tirar a prova dos nove sobre isso? -, não é importante e já sabemos que o F.C.Porto quando ganha os adversários são sempre fracos. Importante é analisar a postura dos jogadores do Benfica e as consequências que essa postura tem na Europa e fazer o contraponto com o que acontece em Portugal. E, meus caros amigos, não há comparação possível. Na Europa em 5 jogos disputados o Benfica acabou 3 com menos um jogador, o que é uma média "excelente". No nosso campeonato, entradas violentas, piores do que a entrada que valeu vermelho directo a Maicon, no jogo com o Boavista, como foram, por exemplo, as de Enzo Pérez frente ao Moreirense ou Samaris frente ao Arouca, nunca foram sancionadas como deviam, em 13 jogos oficiais nas competições internas, nem um vermelho para o jogador do clube do regime. É curioso, quando, sem razão - aqui, explico porquê -, os responsáveis do Benfica arranjavam todo o tipo de desculpas para justificar os inêxitos, uma delas era que devíamos importar árbitros, com árbitros estrangeiros outro galo cantaria. Será que ainda pensam o mesmo?
O andor já ia carregado com o Benfica nas provas europeias, não o carreguem mais mais ainda, agora que só tem as provas nacionais para disputar. O santo pode cair e fica a procissão estragada. Já não seria a primeira vez, mas seria uma pena tanto desperdício em foguetes.
Podíamos passar sem o nosso grande humor? Podíamos... mas não era a mesma coisa!
A questão da regulamentação e legalização das apostas desportivas é um tema que está na agenda dos clubes e dos responsáveis do futebol português, Liga e FPF, há muitos anos. Tem havido reuniões, o assunto tem sido discutido com o(s) Governo(s), o F.C.Porto, como parte interessada, tem-se feito representar em várias iniciativas que visam criar condições para a resolução de uma questão muito importante e que urge resolver. Mas, ontem, em mais um comunicado do Sporting, ficámos a saber que foi Bruno que colocou este assunto das apostas desportivas na ordem do dia.
Já que o ridículo não mata, nem paga imposto, resta-nos dizer: obrigado, Bruno!
Não tardou a resposta de Miguel Sousa Tavares a Bruno
Coisas de viscondes, mas como são viscondes... consequências mínimas
- Meus caros amigos que dirigem o F.C.Porto, o respeito não se apregoa, exige-se!